De janeiro a março, a companhia atingiu receita de R$ 296,7 milhões e Ebitda de R$70,5 milhões. Captação de novos clientes e diversificação de cargas impulsionaram os resultados
A Log-In Logística Intermodal , empresa 100% brasileira, de soluções logísticas integradas, movimentação portuária e navegação de cabotagem e longo curso, divulgou nesta segunda-feira (10/5), os resultados financeiros e operacionais referentes ao primeiro trimestre. Entre os destaques do período estão a aquisição do navio porta-contêiner Log-In Discovery e o início de operação de um novo terminal de veículos no porto de Vitória, numa área de aproximadamente 54 mil m².
A Receita Operacional Líquida foi de R$ 296,7 milhões nos três primeiros meses do ano, uma alta de 9,4%. Esse crescimento deve-se ao maior volume transportado pelos navios no segmento Feeder e consequente aumento das importações e exportações. Outros fatores que influenciaram positivamente foram: maior volume movimentado de contêineres e produtos siderúrgicos no terminal portuário de Vila Velha (TVV), impacto da desvalorização do real nas receitas fixadas em dólar e a retomada dos volumes de importação de veículos para o Brasil.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 70,5 milhões no trimestre, 32,5% superior na comparação com o mesmo período do ano passado. Além da receita a alta foi puxada, principalmente, gestão eficiente dos custos, que cresceram relativamente menos que as receitas, combinado com o aumento das receitas de AFRMM em função do crescimento da frota própria de navios.
O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 68,1 milhões, e apresentou melhora expressiva de 50,3% contra o mesmo período do ano anterior, principalmente devido a menor variação cambial. A companhia informou que adotou "hedge accounting" com designação a partir de 01 de março de 2021, reduzindo o efeito cambial no resultado.
De janeiro a março, a Log-In realizou investimentos da ordem de R$ 122,8 milhões, incluindo a aquisição do navio Log-In Discovery no valor de US$ 20 milhões.
Adicionalmente, a companhia informou como evento subsequente que aprovou a realização de sua 4ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no total de R$ 340.000.000 (trezentos e quarenta milhões de reais) com prazo de vencimento de 06 (seis) anos contados da data de sua emissão. O objetivo é pagar principal, juros e demais encargos relacionados parte de seus financiamentos, e com isso alongar seu calendário de amortização de dívidas.
De acordo com o diretor-presidente da Log-In, Marcio Arany, o bom desempenho no trimestre é resultado de uma estratégia assertiva que buscou a diversificação na base de clientes, captação de cargas do modal rodoviário e gestão das margens de contribuição, especialmente no negócio de Navegação. "Estamos também com uma agenda ativa de ESG analisando as práticas de mercado e adotando iniciativas ambientais, sociais e de governança. Outra frente que temos atuado forte é na implementação da cultura de CX, colocando a experiência do cliente como drive da companhia. Queremos entender os problemas dos nossos clientes e desenvolver produtos e serviços que atendam às suas expectativas e necessidades", destacou Arany.
Navegação Costeira
De janeiro a março, a Log-In transportou 91,5 mil contêineres (+5,5%) na navegação costeira. Mesmo com o lockdown em Manaus e a restrição operacional na Argentina, os volumes mantiveram-se robustos e superiores quando comparados ao setor.
Um destaque foi o crescimento em volumes no serviço de Feeder, a viagem final da carga de exportação entre os portos escalados pela Log-In, 27% superior ao registrado em igual período do ano anterior. O aumento na importação e a manutenção do ritmo da exportação dos últimos meses impulsionaram esse serviço.
A receita líquida somou R$ 230,7 milhões (+5,8%). Houve crescimento de custos de 2,3% no período, principalmente devido a maiores custos portuários e gastos adicionais de pré-embarque com medidas de prevenção ao COVID-19, parcialmente compensados por redução dos custos de bunker e afretamento de navios, uma vez que desde meados de maio de 2020 a companhia opera com frota própria. O Ebitda da Navegação ficou em R$ 52,6 milhões no primeiro trimestre, 21,8% maior que o mesmo período do ano passado.
Terminal Portuário de Vila Vela (TVV)
O terminal de Vila Velha apresentou resultados recordes em receita e Ebitda em um primeiro trimestre desde o início de suas operações. O bom desempenho foi alavancado pela retomada de diversos setores. A receita do terminal encerrou o trimestre em R$ 59,8 milhões, alta de 29,7% na comparação anual, beneficiada pelos maiores volumes movimentados em contêineres. Por sua vez, o Ebitda alcançou R$ 28,4 milhões, crescimento de 8,7% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Somente entre os meses de janeiro e março foram movimentados 43,6 mil contêineres. Já as cargas gerais somaram um volume de 114,7 mil toneladas, com destaque para produtos siderúrgicos, como tubos e trilhos, e veículos. Outros produtos que impactaram essa alta foram malte (granel) e vinhos, na importação, e rochas ornamentais (chapas de granito para construção civil) e café, na exportação.
Atualmente, o terminal vem operando também como prestador de serviços acessórios para importadores e exportadores, e não somente como um local para embarque e desembarque de cargas. Essa diversificação no perfil do terminal contribui para a entrada de novas cargas, receitas adicionais e maiores volumes.
Em Soluções Logísticas (3PL - Third-party Logistics) a Log-In oferece soluções customizadas para os clientes em complemento ao transporte marítimo e serviços portuários (TVV), sendo responsável por toda a cadeia logística do cliente. Em 1T21, houve o início de um novo contrato de prestação de serviços que compensou a redução pontual dos volumes movimentados em alguns clientes devido a paralisação temporária das fábricas.