A meta da empresa é ter, em 2018, 60% dos componentes de suas máquinas fabricados no Brasil, o que permitirá acesso ao financiamento público mais atraente por meio do Finame
Quando a chinesa LiuGong decidiu instalar sua primeira fábrica no Brasil, projetos de infraestrutura pareciam o principal filão de negócios a explorar.
O grupo é especializado na fabricação de pás-carregadeiras, escavadeiras, entre outras máquinas da Linha Amarela.
Mas a recessão no país fez com que encolhesse o número de projetos de rodovias, pontes, ferrovias e outras obras pelo país.
E a LiuGong passou a apoiar suas vendas no segmento mais resistente à crise no Brasil, o agronegócio.
"O agronegócio tem puxado as vendas e representa grande parte dos negócios porque a infraestrutura caiu", diz Bruno Barsanti, vice-presidente da LiuGong Latin America.
A LiuGong fecha este ano com um faturamento global de cerca de US$ 2 bilhões, segundo Barsanti.
O grupo tem mais de 3.000 pontos de venda em 137 países. Trinta e cinco por cento de seu capital está nas mãos do governo chinês e 65% em ações negociadas na bolsa de Shenzhen.