Linhão de Belo Monte terá taxa retorno próxima a 10%

Publicado em
07 de Fevereiro de 2014
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Segundo o presidente da Eletrobras, as atuais condições da economia brasileira "fazem com que dificilmente se trabalhe com dois dígitos"

Escavação do trecho que vai levar água do rio Xingu à futura represa de Belo Monte

Escavação do trecho que vai levar água do rio Xingu à futura represa de Belo Monte: o consórcio IE Belo Monte conquistou o linhão que escoará a energia da usina do Rio Xingu até a divisa de Minas e SP

O presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, indicou que a taxa de retorno do projeto conquistado nesta sexta-feira, 07, pela estatal, em consórcio com a chinesa State Grid, deve ficar em um dígito, mas perto dos 10%.

"Hoje nas condições do Brasil, por ser uma economia mais estruturada, as condições financeiras, as garantias, fazem com que dificilmente se trabalhe com dois dígitos", comentou.

Questionado se seria um dígito alto ou mais baixo, ele afirmou que também "não se pode trabalhar com um dígito tão baixo".

O consórcio IE Belo Monte, formado pelas subsidiárias da Eletrobras Furnas (24,5%) e Eletronorte (24,5%), e pela estatal chinesa State Grid (51%), conquistou o chamado linhão de Belo Monte, que escoará a energia da usina do Rio Xingu até a divisa de Minas Gerais e São Paulo, ao oferecer uma Receita anual Permitida de R$ 434,647 milhões, o que corresponde a um deságio de 38% em relação à receita anual máxima permitida, que era de R$ 701,043 milhões.

O investimento estimado pelo governo na linha, de 2,092 mil quilômetros, é de R$ 5 bilhões, mas Costa disse que algumas negociações, como as realizadas com construtores, possibilitaram que o consórcio tenha um orçamento "mais próximo de R$ 4,5 bilhões". A previsão para as obras é de 46 meses.

O presidente da Eletrobras, que participou de coletiva de imprensa em nome do consórcio, disse que neste primeiro momento o consórcio trabalhará na obtenção das licenças ambientais.

Costa admitiu que espera algumas discussões relacionadas à questões fundiárias, mas lembrou da experiência de Furnas e Eletronorte em outros projetos nas áreas por onde a linha vai passar. Representantes do governo salientaram que a linha foi desenhada em áreas que tivessem os menores problemas, evitando terras indígenas e zonas urbanas.

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