O projeto de lei que proíbe a circulação de caminhões com oito metros de comprimento e acima de sete toneladas, na região Central de Goiânia, das 7h às 19h, entrou em vigor nesta sexta-feira (20). Porém, os veículos que prestam serviço de emergência, socorro mecânico, coleta seletiva e correios estão liberados para trafegar nas ruas do Centro.
O motorista de um caminhão que estava carregado com cerca de 14 toneladas de eletrodomésticos, vindos de São Paulo, afirmou que não haviam nenhum tipo de informação quando ele chegou a capital na última quinta-feira (19). “Não sabia dessa proibição e também não encontrei nenhuma sinalização dizendo algo. Espero que depois dessa reportagem eles façam algo”, relata Orlando Araújo. Porém, a Agência Municipal de Trânsito (AMT) afirmou que cerca de 140 placas de serão instaladas ainda nesta tarde.
Opiniões
De acordo com os motoristas e motociclistas que transitam pelo Centro de Goiânia, a medida poderá contribuir para a fluidez do tráfego na região. “Acho que as ruas são muita estreitas para passar caminhões e carros simultaneamente. Essa nova lei irá facilitar bastante”, diz a condutora Karine Cardoso. Já um motociclista relata a satisfação com procedimento. “Se o trânsito está difícil para moto, imagina para caminhão. Essa lei vai facilitar para todo mundo”, acredita.
Já o descarregador de caminhões Elder Pimenta, reclama da nova lei. “Se durante o dia acontecem vários assaltos enquanto nós estamos trabalhando, imagina durante a noite. O policiamento na região deveria ser reforçado porque nós podemos tornar reféns de bandidos”, ressalta o trabalhador. O Comando do Policiamento de Goiânia afirma que a prefeitura não realizou nenhum pedido para reforçar o patrulhamento noturno no Setor Central, mas a polícia estará atenta à movimentação dos motoristas de caminhões na região.
Fiscalização
Segundo o presidente da AMT, Miguel Tiago, somente a partir do próximo mês de março os caminhoneiros que não respeitarem a lei poderão ser multados. “Esse mês de janeiro e fevereiro será como um período de processo pedagógico, pois Goiânia não tinha nenhuma experiência desse tipo no trânsito. Acredito que em março iniciaremos as fiscalizações mais intensamente”, explica o presidente.