Lei dos caminhoneiros influencia alta no preço do frete em Mato Grosso

Publicado em
28 de Março de 2014
compartilhe em:

Empresários de MT pedem adequação na medida. Setor quer que o governo seja responsável pelos pontos de parada.

Após a aprovação da lei que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros, o frete teve aumento de 30% em Mato Grosso. Há dois anos regulamentada, a medida, de número 12.619, trouxe mudanças positivas para o setor. No entanto, empresários do segmento pedem a construção dos pontos de parada, que servem como descanso para os motoristas.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim, explica que a inexistência dos pontos de paradas eleva o custo para os donos das transportadoras, o que acaba impactando no preço do frete. Por outro lado, reduziu o passivo trabalhista das empresas.

Precariedade da logística eleva déficit de motoristas em MT, diz Sindimat
Conforme ele, enquanto não existir a construção dos pontos de paradas, os caminhoneiros são obrigados a usar os postos de combústíveis para o descanso. "O que tem acontecido é que os donos de postos estão investindo nos postos e cobrando de R$ 30 a R$ 100 por veículo para o caminhoneiro passar a noite".

O representante do setor ressalta que há uma tentativa dederrubar o veto que a presidente Dilma Rousseff colocou na lei que obrigava o governo a estipular os pontos de parada. "A bancada de Mato Grosso está trabalhando para que a medida seja reativada determinando que o governo invista nos pontos de parada".

Sobre o preço do frete, Amorim revela que, além da alta influenciada pela nova lei, há um acréscimo de 15% no pico da safra. "A lei modificou bastante o cenário, normatizando o setor que era penalizado por não ter regras e leis para o transporte rodoviário mas precisa ser aperfeiçoada".

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.