A JSL (Fone: 11 4795.7000) anunciou que este ano pretende investir cerca de R$ 1 bilhão. Dentro desse montante, estima que 90% serão destinados à frota, sendo que R$ 550 milhões já têm destino: serão R$ 130 milhões voltados para contratos que já foram fechados em 2011 e cujas operações iniciam este ano e R$ 420 milhões para manter a idade média dos veículos em 1,8 anos.
No total, a JSL planeja adquirir 16,9 mil itens: 13,4 mil veículos leves e 3,5 mil pesados, sendo estes caminhões, cavalos mecânicos, carretas e uma parte menor em máquinas e ônibus.
Segundo Fernando Antônio Simões, presidente da JSL, os investimentos previstos para a renovação da frota virão, em grande parte, da revenda de equipamentos. “Dos R$ 420 milhões estimados para renovação da frota, devemos ter R$ 360 milhões vindos da revenda de nossos equipamentos, que têm uma idade média de 1,8 anos, o que é baixo se comparado com o mercado brasileiro, aonde a idade média de um veículo pesado chega há 16 anos. Apenas o restante, ou seja, R$ 60 milhões serão de capital líquido da empresa”, afirma o executivo.
Incorporada pela JSL desde novembro do ano passado, a Rodoviário Schio (Fone: 11 3376-4000) – especializada em transporte rodoviário de cargas com temperatura controlada – também terá sua frota renovada. Os veículos da empresa, que possuem idade média de quatro anos, passarão por uma renovação para se igualar aos padrões da JSL de 1,8 anos.
“A Schio também possui uma frota com uma idade média excelente, mas, mesmo assim, queremos colocá-los no mesmo padrão da JSL. Como as duas companhias possuem frotas novas, não precisamos acelerar essa renovação, ela pode ser feita no momento mais oportuno do mercado, com preços melhores. E, apesar de pensarmos na mudança visual dos veículos da Schio, essa não é uma preocupação de urgência na empresa: manter os carros com o emblema da Schio ajuda a manter os clientes confiantes, e essa mudança será feita mais para a frente”, explica Simões.
Os demais valores, fora estes já planejados, são parte de uma previsão referente a possíveis acordos que a companhia espera fechar ao longo de 2012.
Sobre de onde sairão os recursos para todos esses investimentos, Simões diz que eles virão de três partes: dos recursos próprios da JSL, de financiamentos feitos pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e de outras instituições financeiras particulares que suportam a companhia através de investimentos de leasing.
“Acreditamos que 80% do valor serão financiados. Desses, 70% deverão ser BNDES, dependendo, claro, do que entra no Finame. Assim, o restante, ou seja, cerca de 20% serão de recursos da JSL”, afirma o presidente.
Além dos investimentos previstos para este ano, a JSL anunciou a mudança do Porto Seco de Pernambuco. O recinto alfandegado localizado em Recife será transferido para o município de Cabo de Santo Agostinho.
Com a mudança, o Porto vai quase triplicar de tamanho, passando de 52.000 m² para 140.000 m² e ficará em terreno ao lado de um dos Centros de Distribuição da Schio, o que possibilitará a formação de um complexo logístico próximo ao Porto de Suape (que fica a uma distância de 50 km).
No novo espaço, o Porto Seco de Pernambuco terá um armazém coberto de 30.000 m², um pátio de contêineres de 40.000 m² e uma câmara fria de 16.000 m² de área. Prevista para acontecer até o final de 2012, a mudança deve gerar crescimento no faturamento e na movimentação do Porto.
Em 2011, a movimentação foi de 407,7 mil toneladas de carga, 148% a mais que no ano anterior. Já o faturamento foi de R$ 27,7 milhões, crescimento de 68% se comparado com 2010.
Sobre possíveis novas aquisições, Simões afirma que o foco da JSL, no momento, é trabalhar com o portfólio de serviços que já possui. “Sempre olhamos para outros possíveis negócios, mas esse não é o nosso foco. Queremos nos concentrar nos serviços que temos no momento. Para 2012, nossa estimativa de crescimento é de 30% da receita, isso juntado as operações da JSL com as da Schio. Se colocarmos nessa conta os mais novos serviços, a previsão de crescimento é de 39%, se comparado com o ano anterior”, conclui o executivo.