O Japão vai triplicar a sua capacidade para produzir energia eólica até 2020, segundo uma estimativa publicada hoje pelo diário económico Nikkei, com base nos planos de investimentos dos principais atores deste setor.
O jornal adianta que a Eurus Energy Holdings e a J-Power preveem investir 60 mil milhões de ienes (478 milhões de euros) em novas instalações durante os próximos cinco anos.
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A Eurus, uma 'joint-venture' entre a corretora Toyota Tsusho e a operadora da central nuclear de Fukushima, a Tokyo Electric Power (TEPCO), planeia instalar 200 mil quilowatts durante esse período temporal, o que, a realizar-se, elevaria a sua capacidade até aos 850 mil quilowatts.
O seu primeiro novo projeto é uma fábrica de cerca de 40 mil quilowatts na prefeitura de Akita, no norte do Japão, cuja construção iniciar-se-á ainda este ano.
Por seu lado, a J-Power também planeia um aumento em torno de 200 mil quilowatts, até aos 600 mil, a partir de novos centros de geração de energia em Hokkaido (norte) e Ehime (sul).
O jornal Nikkei calcula que estes projetos e outros de menor escala irão contribuir para aumentar a capacidade de produção de energia eólica do Japão dos atuais três milhões de quilowatts até aproximadamente dez milhões, o que equivaleria a uma dezena de centrais nucleares.
O Governo japonês propôs aumentar a proporção da eletricidade gerada através de energias renováveis dos atuais 3% até 15% até 2030.
Contudo, e apesar das vantagens da energia eólica face a outras renováveis, este tipo de energia pouco avançou nos últimos anos devido aos procedimentos administrativos e estudos de impacto ambiental requeridos para erguer novas instalações.
Deste modo, a energia eólica apenas satisfaz 0,5% das necessidades de eletricidade do Japão, valor muito abaixo de países como a Alemanha (9,6%), Estados Unidos (4,4%) ou China (2,8%).