Os investimentos em infraestrutura devem alcançar 4% (total de R$ 165,7 bilhões) do Produto Interno Bruto em 2016, ante 2,4% (R$ 99,9 bilhões) em 2011, afirmou nesta sexta-feira o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, que prevê que os aportes já se intensifiquem no ano que vem.
Segundo Godoy, a expectativa é que a contribuição mais significativa venha da indústria de transporte, com investimento de R$ 66,3 bilhões em 2016, ou 1,6% do PIB, seguida por energia elétrica (1,2% do PIB), telecomunicações (0,7% do PIB), e saneamento (0,5% do PIB).
O executivo disse ainda que, para atinguir essa meta, o aumento real dos investimentos em infraestrutura precisa alcançar ritmo de 10,2% ao ano.
Ao incluir nos cálculos o setor de petróleo e gás, os investimentos em infraestrutura devem chegar a R$ 248,5 bilhões, ou 6% do PIB em 2016. A divisão é uma questão metodológica, já a Abdib não considera o setor de óleo e gás como infraestrutura.
“Falta fazer muito, porque a deficiência é grande”, afirmou Godoy. No caso dos portos, cujos entraves logísticos dificultam o escoamento da safra de grãos do Brasil, ele afirma que o problema hoje seria um misto de falta de planejamento e infraestrutura.
Esta semana, a fila para carregar soja nos portos brasileiros chegou a 203 navios, segundo informações da agência marítima SA Commodities. Trata-se de um aumento expressivo em relação ao mesmo período de 2012, quando 123 embarcações esperavam pelo carregamento. Do total, 50 navios aguardavam para atracar em Santos (SP) e outros 70 no porto de Paranaguá (PR).