Mais de 140 cidades do noroeste paulista podem sofrer com a falta de combustíveis caso a circulação de trens na região permaneça proibida. A interdição, causada por um acidente que matou oito pessoas em São José do Rio Preto (SP), já dura nove dias.

Segundo o Sindicato Varejista dos Derivados de Petróleo, se a linha férrea não for liberada até nesta quarta-feira (4), pode haver a falta de combustível em 144 cidades.

Ainda não há previsão de quando a ferrovia será liberada. Alguns testes já foram feitos, mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve realizar novos testes nesta terça-feira (3).

A agência impõe diversas exigências para evitar outros descarrilamentos, entre elas, o dobro de parafusos nos dormentes, que atualmente são quatro. O ideal, segundo a ANTT, seriam oito.

Também é exigida a colocação de contratrilhos nas passagens de nível e em curvas fechadas. Esses contratrilhos são trilhos os mais colocados do lado de dentro dos trilhos comuns.

No testes feitos nesta segunda-feira (2), a composição com 80 vagões vazios passou em uma velocidade bem abaixo do que de costume, 10/km por hora.

Logo depois da passagem da primeira composição, funcionários da concessionária voltaram a mexer nos trilhos. Mais um trem passou, mas dessa vez, com várias locomotivas engatadas.
A linha férrea pode ser liberada a qualquer hora, mas ANTT não diz quando, nem quantos novos testes serão feitos.