Indústria eólica brasileira ganhará rede de inovação

Publicado em
04 de Agosto de 2014
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O setor de energia eólica brasileiro tem crescido a passos largos. A estimativa é que, até 2018, essa geração represente 8,6% da matriz, contra 1,9% em 2013. Para apoiar essa expansão, fabricantes de aerogeradores têm se instalado no Brasil, atendendo às regras que exigem entre 60% e 70% de conteúdo nacional nos componentes dessas máquinas. “Cerca de 80% de um parque eólico são equipamentos. Vemos a indústria crescendo numa velocidade exponencial, com um investimento estimado em R$ 50 bilhões de 2013 a 2018, equivalente a duas Belo Monte”, diz Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Elbia afirma que, para aproveitar o potencial da cadeia produtiva que se forma no país, a Associação lançará um portal, o qual servirá como uma rede brasileira de inovação em energia eólica. “Ele deverá ser lançado ainda este ano e reunirá empresas que demandam conhecimento com a oferta de instituições que oferecem pesquisas, informações de recursos existentes no país, bem como dados sobre capacitação de mão de obra”, explica. Entre as instituições que já têm convênio firmado para a criação dessa rede estão o Instituto Alberto Luiz Coimbra (Coppe-UFRJ), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Laboratório de Aplicações de Eletrônica de Potência e Integração a Sistemas de Energia (Lapis) e o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne).

Segundo Elbia, a Abeeólica também está estruturando, com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e do ministério de Desenvolvimento (MDIC), uma plataforma exportadora para tornar o Brasil fornecedor de equipamentos eólicos para as Américas do Sul e Central e África do Sul. “São regiões com países que não têm escala para atrair a indústria de aerogeradores, e aqui no Brasil temos até empresas de capital nacional que já exportam pás”, destaca. A executiva diz que não há previsão de lançamento dessa plataforma, mas que há tempo suficiente para construí-la. “Hoje as empresas estão extremamente ocupadas com o mercado nacional, já que em 2013 houve uma contratação acima da média”, lembra.

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