Índice ABCR tem queda de 1,2% no primeiro semestre

Publicado em
10 de Julho de 2015
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O índice ABCR de Atividade do primeiro semestre registrou queda de 1,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No período, o fluxo de veículos pesados caiu 5,7% e o de veículos leves ficou praticamente estável, com aumento de 0,3%. Nos últimos doze meses, o indicador registrou queda total de 0,2%, com decréscimo de 4,6% no tráfego de veículos pesados e aumento de 1,3% do de veículos leves.  O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

"Os resultados semestral e dos últimos doze meses são importantes porque nos permitem analisar um período de tempo maior e enxergar claramente a tendência. E o que vemos é o reflexo de outros indicadores de atividade econômica como a produção industrial, que está diretamente relacionada com o movimento nas estradas", analisa Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria.

"A atividade econômica enfraquecida, que tem gerado um acúmulo indesejado de estoques, explica a debilidade da produção industrial nos últimos meses e, consequentemente, da queda no tráfego de caminhões nas estradas concedidas", resume Bacciotti.

Na comparação de junho de 2015 com maio de 2015, considerando dados dessazonalizados, o Índice ABCR cresceu 1,5%, com queda de 0,8% no fluxo de veículos pesados e crescimento de 1,8% no movimento de veículos leves. Na comparação de junho 2015 com junho de 2014, o indicador teve aumento de 1,1%, queda de 1,5% no tráfego de veículos pesados e aumento de 2,1% no movimento de veículos leves

"Apesar deste resultado positivo no mês no fluxo de veículos leves, que impactou positivamente o indicador geral, é importante considerar que o Índice mostra uma certa volatilidade no mês a mês e este pode ser um resultado pontual, já que o enfraquecimento dos indicadores do mercado de trabalho mostra a possibilidade de reversão da tendência de queda a curto prazo. De todo modo, os dados de fluxo de leves em si já estão historicamente mais fracos. O acumulado do semestre foi de alta modesta (0,3%), sendo que no mesmo período do ano passado, houve expansão de 6,3%. A forte desaceleração acompanha a queda do emprego e do menor poder de compra dos salários", explica o economista.

Índice ABCR Brasil

Período

LEVES

PESADOS

TOTAL

Junho/15 sobre junho /14

2,1%

-1,5%

1,1%

Junho/15 sobre Maio/15 c/ ajuste sazonal

1,8%

-0,8%

1,5%

Últimos doze meses

1,3%

-4,6%

-0,2%

Acumulado no ano (Jan-Jun/15 sobre Jan-Jun/14)

0,3%

-5,7%

-1,2%

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