Índice ABCR registra alta de 1,8% em julho

O Índice ABCR de atividade referente a julho registrou alta de 1,8% em comparação com o mês anterior, considerando os dados dessazonalizados. O Índice que mede o fluxo de veículos nas estradas pedagiadas é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

Na análise de julho, o Índice ABCR passou a considerar dez novas praças de pedágio. Seis delas são da concessionária Nascentes das Gerais, que administra trecho de 371,4 quilômetros de rodovias, entre Juatuba e São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais, e que passam a compor o indicador. As outras quatro praças, localizadas em São Paulo e Rio Grande do Sul, pertencem a concessionárias já integradas ao Índice ABCR. "As inclusões se deram no sentido de tornar o Índice mais abrangente e fiel a movimentação nas estradas. Porém, devido ao volume pequeno de fluxo que as dez novas praças representam, o Índice sofreu poucas alterações", afirma Bernardo Wjuniski, economista da Tendências.

O fluxo de pesados mostrou alta de 1,5%, em relação a junho, em termos dessazonalizados. "O número forte dos pesados indica retomada da produção industrial, que deve ser a tendência deste terceiro trimestre. Tudo indica a volta da expansão da produção industrial e o término do período de ajuste do fim dos incentivos fiscais, ocorrido em março", diz Wjuniski. Outros indicadores antecedentes apontam para a mesma direção. O consumo de energia, segundo dado do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) dessazonalizado pela Tendências, cresceu 1% entre julho e junho. Já a Anfavea apontou alta de 3,2% nas vendas de veículos no mesmo período (número dessazonalizado pela Tendências).

Já o fluxo de veículos leves avançou 1,8% na mesma base de comparação. "Existe uma mudança na sazonalidade das férias por conta de um consumidor que acumulou maior poder aquisitivo ao longo dos anos. Tem mais pessoas com carro e mais gente podendo gastar com viagens nas férias do que havia nos anos anteriores", afirma Wjuniski. "Podemos observar também que o fluxo de leves inclui, em certa medida, pessoas que usam carro para trabalhar e isso, de alguma forma, com a melhora da atividade econômica, impacta positivamente o resultado dos leves", comenta o economista.

Em relação ao mesmo período de 2009, o índice de fluxo total de veículos apresentou expansão de 9,5%. O fluxo de veículos pesados cresceu 11,4% e o de leves apresentou alta de 8,9%.

Nos últimos doze meses (acumulado de agosto de 2009 a julho de 2010 sobre o acumulado de agosto de 2008 a julho de 2009), o fluxo total teve expansão de 6,1%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de leves cresceu 6,0% e o de pesados avançou 6,3%.

Quadro: Taxas de crescimento do fluxo pedagiado

Fonte: ABCR e Tendências

Fluxos regionais

A abertura dos dados dos índices regionais do movimento de veículos leves, com exceção do Rio Grande do Sul, segundo Bernardo Wjuniski, está alinhada com o Índice geral, com forte alta dos pesados, puxando o Índice nacional, e bom desempenho dos leves.

São Paulo

Em São Paulo, as rodovias administradas pela iniciativa privada registraram, no fluxo total de veículos, alta de 1,9% em julho em relação a junho, considerando os ajustes sazonais. O movimento de veículos leves aumentou 2,0% e o de pesados 1,6% neste período.

Quando comparado julho de 2010 a julho de 2009, o índice geral teve acréscimo de 13,2%. O movimento dos veículos leves subiu 12,0% e dos pesados 16,6%. Nos últimos doze meses, o indicador da ABCR cresceu 6,8%. O fluxo de leves subiu 6,4% e pesados 8,0%.

Fonte: ABCR e Tendências

Paraná

As rodovias concedidas do Paraná apresentaram alta de 2,8% no fluxo de veículos em julho em relação a junho, considerando os ajustes sazonais. Na mesma base de comparação, o movimento de veículos leves subiu 2,6% e o de pesados 3,1%.

Na comparação julho de 2010 com julho de 2009, o índice geral subiu 14,7%, sendo que o movimento dos veículos leves aumentou 15,0% e dos pesados 14,1%. Nos últimos doze meses, houve alta de 7,8% na movimentação total, com o fluxo de leves subindo 9,0% e o de pesados 5,5%.

Fonte: ABCR e Tendências

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, as rodovias concedidas registraram aumento de 0,4% no fluxo de veículos em julho em relação a junho, em termos dessazonalizados. O movimento de veículos leves aumentou 1,3% e o de pesados retraiu 0,1% no mesmo período. Diferentemente dos outros Estados, que estavam com espaço para crescer em produção industrial, o Rio Grande do Sul já vinha de uma base alta - o Estado apresentou crescimento de 1,5% em junho contra maio, enquanto o país caiu 1,0%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Isso explica o resultado praticamente estável dos pesados no Rio Grande do Sul, em contraste com a forte alta dos outros Estados", afirma Bernardo Wjuniski, economista da Tendência.

Quando comparado julho de 2010 com julho de 2009, o índice geral mostrou elevação de 13,0%. O movimento dos veículos leves subiu 15,5% e o de pesados 7,5%.

Nos últimos doze meses, o indicador da ABCR cresceu 10,3% no movimento total nas estradas gaúchas. O fluxo de leves subiu 12,2% e o de pesados 5,9%.

Fonte: ABCR e Tendências

Rio de Janeiro

O movimento nas estradas concedidas do Rio de Janeiro cresceu 2,6% no fluxo total de veículos em julho em relação a junho, considerando os ajustes sazonais. Nesta mesma comparação, o movimento de veículos leves apresentou alta de 2,8% e o de pesados 1,8%.

Na comparação entre julho de 2010 contra julho de 2009, o índice geral cresceu 4,9%. O movimento dos veículos leves aumentou 4,4% e dos pesados 7,4%.

Nos últimos doze meses, o total geral cresceu 3,8%. O fluxo de leves subiu 3,5% e o de pesados 5,5%.

Fonte: ABCR e Tendências