Índice ABCR recua 3,6% em fevereiro, em relação a janeiro

Publicado em
10 de Março de 2015
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Como reflexo da greve dos caminhoneiros que paralisou inúmeras estradas do País, o indicador de veículos pesados registrou forte queda de 15,5% em relação a fevereiro do ano passado

O índice ABCR de Atividade referente a fevereiro de 2015 registrou queda de 3,6% na comparação com janeiro de 2015, considerando os dados dessazonalizados. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

Na comparação fevereiro contra janeiro de 2015, o fluxo de veículos leves caiu 2,4% e o de veículos pesados recuou 2,8% em termos dessazonalizados. “No caso de veículos pesados, a greve dos caminhoneiros teve impacto direto no tráfego de fevereiro, já que muitas estradas importantes ficaram fechadas para o tráfego por vários dias. No caso dos veículos leves, vemos o reflexo de uma tendência decrescente da taxa de emprego. A desaceleração do mercado de trabalho torna o consumo enfraquecido. Além disso, com a inflação em alta, temos como resultado a diminuição da renda disponível das famílias”, explica Rafael Bacciotti, economista da Tendências. Em janeiro, foram cortadas 81,7 mil vagas com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Trabalho (Caged).

Além dos efeitos da greve dos caminhoneiros, outros pontos macroeconômicos chamam a atenção quando se analisa o cenário como um todo. “Temos que considerar também os impactos do cenário político e econômico, com efeitos adicionais das crises hídrica e de energia, por exemplo, afetando a confiança e impactando negativamente na produção industrial. O PIB de 2014 já sinaliza estagnação da economia - a estimativa de queda de 0,1% deve ser confirmada nos próximos dias com a divulgação do PIB do quarto trimestre. A estimativa para o PIB de 2015 contempla retração adicional de 1,2%, com dinâmica mais fraca ao longo do primeiro semestre deste ano”, destaca Bacciotti.

Na comparação com fevereiro do ano passado, o índice registra recuo de 2,9% com queda de 15,5% no fluxo de veículos pesados e aumento de 1,7% no tráfego de veículos leves. “Especialmente aqui o reflexo da greve dos caminhoneiros se fez sentir, uma vez que estamos comparando meses iguais”, explica Baccioti.

Nos últimos doze meses, o fluxo total teve expansão de 1,2%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de leves registrou variação positiva, de 3,4%, e o de pesados recuou 4,9%. No acumulado do ano (média janeiro-fevereiro de 2015 ante média janeiro-fevereiro de 2014), o fluxo total teve queda de 1,3%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de leves cresceu 1,7% e o de pesados continuou registrando queda de 10,4%.

O reflexo da greve dos caminhoneiros nos dados estaduais

O fechamento de importantes estradas do País durante a greve dos caminhoneiros teve diferentes impactos nos estados que formam o Índice ABCR. Como é possível ver nos textos de cada estado, o Paraná registrou a maior queda, com fluxo de veículos pesados 21,8% menor que em fevereiro do ano passado. Em São Paulo, nesta comparação, a queda foi de 14,9% e no Rio de 12,9%.

 

 

Índice ABCR Brasil

Período

LEVES

PESADOS

TOTAL

Fevereiro/15 sobre Fevereiro/14

1,7%

-15,5%

-2,9%

Fevereiro/15 sobre Janeiro/15 c/ ajuste sazonal

-2,4%

- 2,8%

-3,6%

Últimos doze meses

3,4%

-4,9%

1,2%

Acumulado no ano (Jan-Fev/15 sobre Jan-Fev/14)

1,7%

-10,4%

-1,3%

 

 

 

 

 

 

 

 

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