Índice ABCR recua 2,8% em agosto, em relação a julho

Publicado em
09 de Setembro de 2016
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Fluxo de veículos leves caiu 2,3% e o de pesados 2,5%, considerando os ajustes sazonais

O Índice ABCR de atividade referente ao mês de agosto apresentou queda de 2,8% na comparação com julho, considerando dados livres dos efeitos sazonais. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. No período, o fluxo de veículos leves recuou 2,3% e o de pesados 2,5%, nessa mesma base de comparação.

“Em agosto, o fluxo reverteu mais que integralmente a elevação do mês anterior (2,1%). O desempenho negativo foi influenciado tanto pelo fluxo de veículos pesados como de leves, visto que ambos apresentaram retração em magnitude”, afirma Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria. “O menor dinamismo dos veículos leves converge com o processo de ajuste do mercado de trabalho, com destaque para a contração do contingente de pessoas ocupadas e para a trajetória de retração dos rendimentos”, afirma Bacciotti. “No fluxo de pesados, apesar do segundo resultado consecutivo de retração, a expectativa é que o ritmo de queda não seja intensificado nos próximos meses. A tendência é de melhora incipiente manifestada por parte dos principais indicadores industriais”, completa.

Em relação ao mesmo período de 2015, o índice total caiu 5,3%. Nessa mesma base de comparação, o fluxo de veículos leves e pesados apresentou queda de 5,0% e 6,0%, respectivamente. Nos últimos doze meses, o movimento de veículos nas rodovias concedidas registrou retração de 3,3%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de veículos leves e pesados apresentou queda de 2,4% e de 6,0%, respectivamente.

No acumulado do ano (Jan-Ago de 2016 sobre Jan-Ago de 2015), o fluxo total de veículos apresentou queda de 3,3%. O movimento de leves recuou 2,6%, enquanto o fluxo de pesados apresentou recuo de maior magnitude, 5,5%. “O resultado reforça a dinâmica predominantemente negativa do fluxo de veículos leves, como se observa pela retração acumulada. A queda dos rendimentos reais associada ao elevado patamar de endividamento das famílias manifestam, em alguma medida, o ambiente de enfraquecimento da demanda doméstica. Por outro lado, a confiança dos empresários industriais e o processo de normalização dos estoques deve contribuir para que o moderado aumento esperado da produção industrial influencie positivamente o fluxo de caminhões”, finaliza Bacciotti.

 

 

 Índice ABCR Brasil

Período

LEVES

PESADOS

TOTAL

Agosto/16 sobre Agosto/15

-5,0%

-6,0%

-5,3%

Agosto/16 sobre Julho/16 c/ ajuste sazonal

-2,3%

-2,5%

-2,8%

Últimos doze meses

-2,4%

-6,0%

-3,3%

Acumulado no ano (Jan-Ago/16 sobre Jan-Ago/15)

-2,6%

-5,5%

-3,3%

 

 

Fonte: ABCR e Tendências 

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