Você sabia que no TRC (Transporte Rodoviário de Cargas) dois seguros são obrigatórios? O Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga (RCTR-C) para o transportadoras. E o Seguro de Transporte Naciona, para os embarcadores.
Hoje queremos abordar um tema da maior importância e nem sempre encarado com a atenção merecida. Os impactos reais da falta de prioridade como alguma empresas tratam do Seguro de Cargas, assim como das consequências dessas escolhas no dia a dia de uma operação de transportes.
Primeiro impacto, que dói no bolso: Multas
O primeiro impacto pela falta do Seguro de Cargas são as multas.
A multa pela falta do seguro ou operando com apólice irregular é de R$1.500,00 (Um mil e quinhentos reais).
Apenas o fato de deixar de informar o número da apólice nas documentações do transporte acarreta multa no valor de R$550,00 reais (Quinhentos e cinquenta reais).
Assim, a menor das multas é o valor de uma apólice de Seguro de Cargas.
Segundo impacto, que também dói no bolso e pode por em risco o negócio: Saúde Financeira
Muitas vezes a opção de não se ter um Seguro de Cargas é corte de custo.
De início, o corte de gastos parece algo bom, melhora o fluxo de caixa. Mas em curto e médio prazo essa decisão diminui a chance de se conquistar novos clientes, mesmo fretes avulsos.
Afinal, embarcadores querem não só um transporte com um bom custo, como também esperam que as transportadoras tenham seguro para suas mercadorias. Ou seja, sigam a legislação, sejam seguras e de confiança.
Hoje, com o universo digital e o aumento dos números app no seguimento, fica fácil para o cliente comparar sua entrega com a dos concorrentes.
Custo-benefício não é só preço. É, também oferecer diferenciais que justifiquem o valor cobrado. O Seguro de Cargas deve fazer parte desse pacote.
Agora imagine trabalhar com um fluxo de caixa enxuto e ainda sofrer um sinistro durante o transporte. Dependendo do caso, pode resultar na falência do negócio. Em um acidente de trânsito, por exemplo, não são apenas as mercadorias perdidas. Outros custos podem ser somados a conta, como o conserto do caminhão e uma possível indenização aos motoristas e agregado. Dependendo da culpa, danos a terceiros. Dependendo da carga, limpeza de pista, entre outros. Ou seja, uma conta infinitamente maior que o valor do Seguro. Aquele dispensado para contenção de gastos.
Arcar com todas essas despesas em um único sinistro tem valor superior a muito mais de um ano de seguro.
Agora, coloque-se no lugar de seu cliente, que confiou a mercadoria a sua transportadora. Mesmo que você quite as perdas, dificilmente ele voltará a transportar com você. Afinal, “gato escaldado tem medo de água fria.
Terceiro impacto, também dói no bolso, mas afeta a reputação da empresa: descumprimento de cláusula(s) contratuais
Nem sempre as perdas relacionadas ao Seguro de Cargas vêm pela falta da contratação do seguro. Algumas vezes estão relacionadas ao descumprimento de uma ou mais cláusulas contratuais. Vamos conhecer as três principais causas:
- seleção de risco;
- descumprimento do programa de gerenciamento de risco;
- falda da análise e consulta do motorista.
Quarto impacto, muito importante: seleção de Risco
De acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o seguro só é válido mediante averbação da operação de transporte.
Averbar, nada mais é que o ato de comunicar a Seguradora informações importantes sobre a carga que será transportada.
O transportador deve fazer a averbação da carga antes de realizar o transporte e de forma sequencial.
A averbação feita de forma descontinuada pode ser entendida como seleção de risco. Seleção de risco fere uma cláusula do contrato e consequentemente, o segurado não receberá, em caso de sinistro, indenização por essa carga.
A falta de averbação sequenciada é uma das principais causas na perda da indenização.
https://www.youtube.com/watch?v=pgBUAqTYQO8
Quinto impacto, muito grave: descumprimento do PGR (Programa de Gerenciamento de Risco)
Para as mercadorias mais visadas, as seguradoras, estabelecem algumas regras. Assim, a Tabela de Sublimite, que vem na apólice do Seguro de Roubo (RCF-DC), diz exatamente aos segurados, até qual valor eles poderão transportar sem necessidade de utilizar veículos rastreados ou monitorados.
Assim, se o valor da carga ultrapassa o valor especificado na Tabela de Sublimites, necessariamente essa carga precisa atender ao Programa de Gerenciamento de Risco da apólice.
Não realizar o PGR quando o valor ultrapassar a Tabela de sublimites, pode ocasionar na perda da indenização em caso de sinistro.
Assim reforçamos: atenção à Tabela de Sublimites!
https://www.youtube.com/watch?v=2hcq1ttjjOM
Sexto impacto, seríssimo: falta da análise e Consulta do Motorista
Quando falamos de uma apólice de RDF-DC (Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa do Transporte Rodoviário por Desaparecimento de Carga), o cadastro e consulta do motorista será sempre uma exigência.
A consulta e liberação do motorista, ajudante e veículo, na maioria das apólices RCF-DC, devem ser feitas:
- Se Registrados: uma vez ao ano;
- Agregados: devem ser consultados e liberados a cada seis meses.
- Autônomos (carreteiro e ajudante): devem ser consultados e liberados antes de dar início a viagem de transporte.
O não cumprimento das consultas e liberações dos motoristas e ajudantes ocasiona em perda do direito de receber a indenização em caso de sinistro. Afinal, vai contra o acordado na apólice.
Como vimos a falta do seguro ou o não cumprimento das determinações do contrato do seguro impactos reais na operação de transportes.
Daí a importância de se ter um Seguro de Cargas como uma corretora que esteja com você antes, durante e depois da contratação. Orientando e tirando todas as suas dúvidas.
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