A Ecovias contabiliza prejuízos causados por deslizamento que fechou rodovia por 31 horas. A Ecovias—concessionária que administra o sistema Anchieta- Imigrantes — ainda não conseguiu calcular os prejuízos provocados pela interdição da pista norte da rodovia dos Imigrantes, fechada por 31 horas ao longo do fim de semana em razão de um deslizamento de terra.
Principal rota de ligação rodoviária com o porto de Santos — que registrou o maior fluxo de trocas comerciais do país em 2012, contabilizando US$ 120 bilhões —, o sistema Anchieta- Imigrantes tem uma movimentação média de 80 mil a 110 mil veículos por dia, sendo responsável pelo transporte rodoviário de 80% da carga recebida e enviada.
A concessionária não retornou às solicitações do Brasil Econômico, mas garantiu que as vítimas que tiveram seus carros danificados pelo deslizamento serão indenizadas pelo seguro da empresa, assim como a família da vítima fatal. Em razão da forte chuva que atingiu a região na última sexta-feira, a lama devastou a estrada na altura do km 52, no sentido São Paulo, atingindo 24 veículos e provocando a morte de Lilian Aparecida de Souza, 43 anos. Além deste trecho, mais quatro pontos da Anchieta precisaram ser fechados por conta de queda de barreiras.
Antes de normalizar o fluxo de veículos pelo sistema Anchieta- Imigrantes, a concessionário precisou realizar um mutirão de limpeza no local. Para este trabalho, além de 38 veículos para atendimento dos usuários, foram disponibilizados 20 caminhões, duas motomanivelas, duas pás carregadeiras, cinco escavadeiras hidráulicas, duas retroescavadeiras e dez caminhões pipa.
Ao todo, foram retirados 2,7 mil m³ de material das pistas, o equivalente a 270 caminhões carregados. O governador Geraldo Alckmin e o secretário de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho,foram ao local durante o fim de semana. Antes da liberação, a pista passou por uma vistoria técnica para descartar novos deslizamentos.
No domingo, o sistema Anchieta- Imigrantes não registrou congestionamentos.