O governo federal prevê uma redução da participação de usinas hidrelétricas para menos da metade da matriz energética brasileira nos próximos 10 anos
O governo federal prevê uma redução da participação de usinas hidrelétricas para menos da metade da matriz energética brasileira nos próximos dez anos. Enquanto isso, a energia solar, eólica e usinas térmicas abastecidas com gás natural devem crescer. As informações constam no Plano Decenal de Expansão de Energia, que considera o horizonte 2019-2029. O documento foi lançado nesta terça-feira pelo Ministério de Minas e Energia.
O planejamento energético do país prevê a construção de mais dez usinas hidrelétricas no Brasil até 2029. Como todas as usinas são de pequeno e médio porte, a participação desse tipo de fonte na matriz energética tende a cair.
Apesar do país ainda ter um amplo potencial para gerar energia hidrelétrica, a maior parte dessa capacidade está em terras indígenas e em unidades de conservação, onde hoje não é permitido construir usinas hidrelétricas. As hidrelétrias planejadas pelo governo estão fora dessas áreas.
Na semana passada, o governo enviou ao Congresso um projeto para permitir a mineração, a exploração de petróleo e a construção de hidrelétricas em terras indígenas. Mas, não há previsão de mudar a legislação sobre unidades de conservação.
A previsão do governo é que as usinas hidrelétricas deixem de responder por 58% da capacidade do país em gerar energia elétrica, e passe a ser responsável por 42% do total da eletricidade disponível no Brasil.
Por outro lado, a previsão é que a energia solar suba quatro vezes, e passe de 2% para 8%. A participação da energia eólica também deve dar um salto, de 9% para 16% da capacidade instalada no país. As usinas térmicas abastecidas com gás natural sairão de 7% para 14% do total da energia gerada no país.