Na abertura dos envelopes para a concessão dos trechos sul e leste do Rodoanel, ontem, a proposta oferecida pelo Consórcio SPMar, que opera no interior paulista, ficou em primeiro lugar.
A tarifa de pedágio estipulada pelo grupo é de R$ 2,1991 (trecho sul) e R$ 1,6493 (leste). O desconto em relação às tarifas-teto estipuladas pelo governo é de 63%. Muito maior que os descontos de 12% e 5,11%, dados por outros dois consórcios.
Em segundo lugar ficou a proposta do Consórcio Serramar de Rodovias. O grupo ofertou uma tarifa de R$ 5,28 (trecho sul) e R$ 3,96 (leste).
O Consórcio Rodoanel Sul e Leste, formado pelas empresas Odebrecht, Ecorodovias, Invepar e Queiroz Galvão, ficou em terceiro. O plano do grupo é administrar os dois trechos do Rodoanel com os preços de R$ 5,6934 (sul) e R$ 4,2701 (leste).
As propostas não poderiam ser superiores aos valores de R$ 6,00 (sul) e R$ 4,50 (leste). O critério de julgamento da licitação foi o de menor tarifa de pedágio.
Mais pedágios - Depois da homologação dos resultados, o que deve ocorrer nos próximos dias, o grupo vencedor terá seis meses para fazer as primeiras melhorias nos dois trechos.
A estimativa é que o pedágio comece em 2011 no trecho sul, entregue em abril deste ano para ligar Mauá e rodovia Anchieta à Regis Bittencourt. O grupo poderá explorar o trecho sul enquanto constrói o leste, que vai ligar Mauá e a região do sistema Dutra/Ayrton Senna.
A outorga de concessão, válida por 35 anos, terá que que ser paga dois dias antes da assinatura do contrato. Valor: R$ 370 milhões.
O pedágio terá que ser cobrado uma única vez em cada trecho, diz o governo. Hoje, o acesso ao trecho sul do Rodoanel pela Imigrantes, sentido litoral, é tarifado. O SPMar, formado pela Contem e Cibe, é do grupo Bertin, gigante produtora e exportadora de carnes.