Hidrelétrica de Belo Monte está entre os destaques dos resultados do último trimestre do ano passado, com um contrato de US$ 75 milhões.
A ABB fechou o último trimestre de 2016 com um crescimento lucro líquido de US$ 489 milhões. Comparado ao mesmo período de 2015, o resultado é 140% maior. De acordo com a empresa, os grandes contratos puxaram os números positivos, entre eles o com a hidrelétrica de Belo Monte, projeto que está posicionado na divisão Power Grids, da multinacional europeia.
A multinacional suíço-sueca também registrou crescimento de 3% dos pedidos e de 1% da receita, também impulsionados por grandes contratos das divisões de Power Grids (PG) e Electrification Products. A divisão de PG registrou a maior alta, com 15% de crescimento dos pedidos, 4% da receita e 10,4% da margem operacional Ebitda. Os pedidos acima de US$ 15 milhões foram 35% maiores nas divisões de Power Grids e Discrete Automation and Motion. Um deles é o contrato de US$ 75 milhões para o fornecimento de transformadores conversores de alta tensão para Belo Monte, no Brasil.
As demandas de transmissão e distribuição de energia impulsionaram os pedidos no quarto trimestre de 2016 e os pedidos de grande porte compensaram a queda dos pedidos de base. No País, que está entre os principais mercados em volume de vendas da companhia, foi registrado aumento de 36% nos pedidos totais e queda de 3% dos pedidos de base.
Os mercados dos Estados Unidos e China registraram o maior aumento dos pedidos (9%). A expectativa da companhia suíço-sueca é que esses mercados continuem apresentando taxas de crescimento.
Na visão da ABB, 2017 será um ano de transição e transformação contínua. O mercado global continua sofrendo o impacto das incertezas com as tensões geopolíticas em várias partes do mundo e o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia). Os preços do petróleo e os efeitos da variação cambial devem continuar influenciando os resultados da empresa.
Segundo a companhia, a demanda se manteve estável para os produtos e serviços destinados à renovação da infraestrutura energética e integração de energia renovável. Na indústria, os investimentos em robótica em setores como o automotivo e de alimentos e bebidas mantiveram-se positivos. Por outro lado, a demanda das indústrias de processamento, especificamente mineração e petróleo e gás permaneceu fraca.