O governo receia uma avalanche de liminares que suspenda os efeitos do tabelamento do frete instiuídos pela Medida Provisória nº832/2018, depois que a 8ª Vara Federal do Rio Grande do Norte concedeu liminar a pedido de duas empresas do ramo de sal no Estado.
Assim que a notícia da liminar chegou ao Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, conversaram para avaliar a extensão da decisão e também para decidir qual seria a estratégia da AGU.
Em seguida, o ministro da Casa Civil levou o assunto ao presidente Michel Temer. Em nota, o órgão informou que "assim que for notificada, a AGU recorrerá". Segundo auxiliares do presidente Michel Temer, a judicialização da MP -- que tem causado reação de alguns setores produtivos -- entrou no radar do governo, que reconhece que uma decisão como essa pode se multiplicar país afora.
Justamente por isso, a AGU já montou um esquema de plantão para poder evitar que os efeitos da MP sejam suspensos em outras regiões. A primeira reação do governo foi avaliar a extensão da decisão. Inicialmente, houve o receio de que a liminar suspendesse toda a MP, mas a interpretação de fontes do governo é de que o efeito está restrito apenas às duas empresas do Rio Grande do Norte.