Governo não quer que proprietário da carga opere ferrovia

Publicado em
26 de Setembro de 2013
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O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, informou, no último domingo, que vetará a possibilidade de uma mesma empresa ser operadora de uma ferrovia e utilizar a estrada para transportar carga própria. A estatal quer evitar que, nas futuras licitações, inclusive nas do Ferroanel e do acesso ao Porto de Santos, a empresa ganhadora do direito de operação prejudique outras companhias que necessitam do serviço de transporte oferecido na ferrovia.

"A gente não quer que haja percepção de favorecimento de uma empresa em detrimento de outra", disse Bernardo Figueiredo, ao antecipar que vetará o transporte de cargas próprias operadoras das ferrovias.

A EPL licitará 12 trechos ferroviários. Entre eles, estão os ramos norte e sul do Ferroanel, de São Paulo e o acesso ao Porto de Santos, desde Ribeirão Pires, passando por Raiz da Serra e Cubatão.

Há ainda a ligação entre Mato Grosso, onde é grande a produção de grãos, e a região de Lucas do Rio Verde. Na estrada, haverá escoamento de 37 milhões de toneladas de grãos. E há ferrovias que ligarão Uruaçu (GO), Corinto (MG) e Campos (RJ) com os portos de Vitória (ES) e do Rio de Janeiro.

Recife, onde está prevista a chegada da Ferrovia Transnordestina, será o destino de outra estrada de ferro, que se estenderá até Belo Horizonte (MG), passando por Salvador (BA), Aracaju (SE) e Maceió (AL). A Região Sul será beneficiada com uma ferrovia de Porto de Rio Grande (RS) até São Paulo, passando por Porto Alegre (RS) e Mafra (SC), de onde será feita uma ramificação até Maracaju (MS).

Segundo a EPL, as ferrovias receberão R$ 91 bilhões em investimentos por meio de parcerias público-privadas.

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