Caminhões com a adesivo da Defesa Civil poderão circular pelas rodovias transportando insumos hospitalares, produtos químicos, ração animal, alimentos para hospitais e penitenciárias, combustível para os serviços de segurança e de urgência e emergência.
A governadora Cida Borghetti determinou nesta quinta-feira (24) que o uso de veículos da frota estadual seja restringido em função da greve dos caminhoneiros. A orientação é que seja dada prioridade de abastecimento para ambulâncias, viaturas das polícias e corpo de bombeiros, uma vez que a reposição de combustíveis está prejudicada em várias regiões do Paraná.
Determinação da governadora Cida Borghetti é priorizar o abastecimento de ambulâncias, viaturas das polícias e Corpo de Bombeiros. Em função da paralisação dos caminhoneiros, veículos que não tiverem funções essenciais devem permanecer nos pátios.
Greve diminui em 27% operações de granéis no Porto de Paranaguá
O Governo do Estado e lideranças do movimento dos caminhoneiros fecharam um acordo nesta quinta-feira (24) para possibilitar o trânsito de cargas especiais nas estradas do Paraná. A partir desta sexta (25), caminhões com a adesivo de identificação da Defesa Civil poderão circular pelas rodovias transportando insumos hospitalares, produtos químicos, ração animal, alimentos para hospitais e penitenciárias, combustível para os serviços de segurança e de urgência e emergência, além de cargas vivas.
O acordo seguiu a orientação da governadora Cida Borghetti, que solicitou ao chefe da Casa Militar, coronel Maurício Tortato, que criasse um grupo de trabalho e realizasse a negociação com os representantes do caminhoneiros. O encontro foi na sede da Defesa Civil, em Curitiba, e contou com a presença de integrantes do poder público, do setor produtivo e da sociedade civil organizada.
“Chegamos a um acordo que permitirá suprir áreas essenciais de produtos necessários para a manutenção dos serviços”, comentou a governadora Cida Borghetti ao saber do resultado da reunião. Ela também elogiou a postura dos líderes do movimento pela compreensão em relação à necessidade de trânsito de cargas prioritárias.
PEDÁGIO - Cida também determinou nesta quinta-feira que a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (AGEPAR) estude da viabilidade da não cobrança de pedágio do eixo suspenso dos caminhões enquanto durar a crise de desabastecimento de combustível e o impacto que a não cobrança iria produzir nas tarifas.
PREVENTIVO - O coordenador executivo da Defesa Civil, major Antônio Hiller, afirmou que o acordo é uma medida preventiva, adotada para que não haja comprometimento do abastecimento de insumos essenciais para a segurança e a saúde da população paranaense.
“Os caminhões que farão o transporte dos itens serão identificados e os motoristas orientados a se identificar nos bloqueios. Eles também devem liberar a verificação dos produtos caso seja necessário. Queremos que tudo ocorra de maneira amigável, como foi o encontro com as lideranças”, disse o major.
VÍDEO - Os representantes do sindicato que coordena a paralisação de caminhoneiros nas estradas paranaenses gravaram um vídeo com orientações aos colegas que participam da mobilização orientando para que todos colaborem na liberação dos veículos com as cargas essenciais. O material está sendo divulgado nas redes sociais e pela rede Whatsapp do movimento.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Paraná, Plínio Dias, pediu a ajuda de todos os manifestantes para que seja cumprido o acordo e disse que vai unir esforços para que esses caminhões circulem pelas rodovias do Paraná.
“Queremos manter a ordem, sem violência, não queremos prejudicar ningué e as cargas prioritárias serão escoltadas conforme combinado durante a reunião”, afirmou. “Esse encontro foi muito importante porque nós lideranças das paralisações queremos ser atendidos, mas também devemos olhar para o outro lado da situação”, afirmou.
O representante da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, destacou que a reunião foi positiva, principalmente para garantir a circulação de produtos básicos. “Houve um consenso pela liberação dessas cargas escolhidas. É importante assegurar a passagem de cargas vivas e rações para a cadeia produtiva de animais para que não tenhamos maiores implicações, até mesmo ambientais e sanitárias ”, disse.
GRUPO DE TRABALHO – A negociação foi uma das primeiras atividades do grupo de trabalho instituído pela governadora Cida Borghetti para tratar de assuntos relacionados o funcionamento de serviços essenciais durante o movimento de paralisação dos caminhoneiros.
Segundo o coordenador executivo da Defesa Civil, major Antônio Hiller, as ações estão sendo integradas no Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres. “Estamos trabalhando para que as informações não fiquem dispersas. Por isso, integramos as prioridades e as estratégias e estamos compartilhando em tempo real com todos os interessados”, afirmou.
O chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Maurício Tortato, destacou que o objetivo desse grupo é estabelecer estratégias e manter o diálogo para minimizar e diminuir os passivos sociais que possam decorrer desse movimento. “O poder público atuará de maneira pontual, sem descaracterizar a manifestação, com o apoio da Procuradoria-Geral do Estado, na busca de soluções. O Governo do Estado respeita o movimento, mas chama a atenção para pontos específicos considerados prioritários e essenciais para a vida em sociedade”, afirmou o coronel.