Presidente do Setcepar afirma que o valor superou a inflação
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou que, somente no ano passado, os custos operacionais do transporte rodoviário de cargas subiram 7,9%. Os aumentos de 17,3% no gasto com diesel e de 10,2% nas despesas com salários de motoristas foram os fatores de maior peso, segundo Gilberto Cantú, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar).
O custo do frete quase dobrou nos últimos cinco anos. A alta foi muito maior que a inflação oficial do período, que ficou em 31% no índice acumulado de 2009 até o final de 2013. “O setor de transporte rodoviário de cargas é responsável por 65% de todas as mercadorias transportadas no país. O aumento, além de prejudicar as transportadoras, acaba pesando no bolso do consumidor final”, afirma Cantú. “Para piorar temos as estradas precárias e planos de concessões parados, ou seja, os gastos mais altos não vieram acompanhados de um retorno na produtividade”, declara.
Além disso, o presidente do sindicato afirma que o setor enfrenta uma dificuldade muito grande se quiser tentar reduzir os custos. “Os fornecedores de insumos são monopólios ou oligopólios, o que complica a negociação. Somente a Petrobras fornece o diesel, e são poucas empresas de caminhões e de pneus, por exemplo. Não tem como escapar”, finaliza.