Um dos três fundadores do Uber, o mexicano Oscar Salazar tem aplicado os mesmos princípios do aplicativo a outras atividades, desde que deixou a companhia, em 2011, dois anos depois de sua criação. "O coração do negócio é ligar oferta e demanda", diz ele ao Valor, de Nova York, por telefone.
Entre as empresas abertas nos últimos anos está o Ride, um aplicativo que conecta colegas de trabalho em busca de carona, e o Pager, pelo qual um paciente pode marcar e pagar uma consulta médica, a preços pré-fixados. Salazar ainda não conhece o Brasil - que pretende visitar nos próximos meses - mas o país é o alvo inicial de seu mais novo empreendimento, a CargoX, um "uber para caminhões".
A empresa interliga caminhoneiros autônomos, donos de seus próprios veículos, e empresas comerciais e industriais que têm cargas para transportar. Desde que começou a operar, há três meses, a CargoX já conseguiu a adesão de aproximadamente cem mil profissionais, o equivalente a 10% dos caminhoneiros autônomos do país, segundo a companhia. "Em um único dia, chegamos a registrar cinco mil downloads", diz o argentino Federico Vega, presidente da CargoX.