FMI corta previsões para o crescimento do Brasil

Publicado em
20 de Janeiro de 2015
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O Fundo Monetário Internacional reduziu significativamente as projeções de expansão da economia brasileira e baixou a expectativa de expansão mundial para os próximos anos, apesar do estímulo decorrente da queda de preços do petróleo.

No relatório apresentado nesta terça (20) em Pequim, o FMI cortou a estimativa de expansão do PIB brasileiro de 0,3% para 0,1% em 2014 e de 1,4% para 0,3% em 2015. Em 2016 a perspectiva é melhor, de 1,5% de crescimento, mas menor que os 2,2% previstos no último estudo do organismo, lançado em outubro.

"Em muitos países emergentes e em desenvolvimento que são exportadores de commodities, a recuperação é mais fraca do que parecia em outubro", diz o relatório.

Pelos números do FMI, o Brasil termina 2014 com o pior desempenho entre os Brics (que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul). Até a Rússia, sob sanções internacionais e afetada pela queda no preço do petróleo, se sai melhor, com crescimento previsto de 0,6% em 2014.

Na semana passada, o Banco Mundial reduzira a previsão para a alta do PIB do Brasil em 2015, de 2,7% para 1%.

O FMI ainda reduziu a projeção de avanço da economia global, para 3,5% em 2015 e 3,7% em 2016 –um corte de 0,3 ponto percentual, nos dois casos.

O declínio nos preços do petróleo serve como "injeção" de ânimo, pois aumenta a renda real das pessoas e diminui os custos, sobretudo para países importadores, que são as "economias avançadas", disse Olivier Blanchard, diretor do departamento de pesquisa do FMI.

Por outro lado, observou Blanchard, persiste a fragilidade de muitas economias. Com seu potencial de crescimento em baixa, a tendência é de menos investimentos.

"O segundo efeito é mais forte que o primeiro, por isso revisamos nossa previsão."

O FMI aposta na recuperação da economia americana, elevando a projeção de avanço em 2015 de 3,1% para 3,6%.

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