Fiat busca alternativas ao porto de Santos

Publicado em
02 de Julho de 2013
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Houve durante o dia queda no fluxo de caminhões que acessam o local

O bloqueio ao porto de Santos, feito durante protesto de caminhoneiros iniciado já na manhã de ontem, não afetou operações de embarque e desembarque, mas trouxe novo capítulo de dificuldades a empresas que usam os terminais paulistas para importar insumos ou exportar manufaturas.

Houve durante o dia queda no fluxo de caminhões que acessam o local após vias que chegam ao porto serem obstruídas por manifestantes, que liberaram apenas algumas cargas, como produtos perecíveis ou de emergência, caso de material hospitalar.

A Fiat disse que dificuldades de embarque e desembarque por Santos têm afetado suas operações logísticas e, por isso, está buscando alternativas como o uso dos portos do Rio de Janeiro e de São Sebastião. Paralelamente, a montadora, que usa o porto paulista para importação e exportação de veículos, disse que tem procurado renegociar prazos com as companhias marítimas. No ano passado, a fabricante de veículos de origem italiana importou, por diversos portos do país, mais de 82 mil carros e exportou um volume de veículos superior a 55 mil unidades.

Na esteira da manifestação, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto, informou que as paralisações podem prejudicar as operações de embarque e desembarque apenas se continuarem por um período mais longo. Os trabalhos, informou a empresa, prosseguiram normalmente ontem com as cargas armazenadas. A Codesp, demonstrou maior preocupação com as chuvas, que podem prejudicar os embarques de grãos.

Já a Santos Brasil, que administra o terminal Tecon Santos e um terminal de exportação de veículos (TEV) no porto paulista, disse que, mesmo com um fluxo reduzido de caminhões, o movimento em seus terminais seguiu inalterado após o bloqueio.

Ontem, caminhoneiros ligados ao Movimento União Brasil Caminhoneiro (Mubc) deram início, logo cedo, a uma paralisação que bloqueou os dois acessos ao porto paulista, o maior do país. Em São Paulo, as manifestações também interromperam total ou parcialmente as rodovias Castello Branco, Anchieta, Cônego Domênico Rangoni e o Rodoanel. Os manifestantes cobraram subsídios ao preço do óleo diesel e a isenção das tarifas de pedágios cobradas a caminhoneiros pelo país. Essas medidas, segundo o movimento, ajudariam a reduzir os preços de alimentos e outros produtos transportados pelas carretas.

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