Ferrovia gera oporutnidades de negócios em Goiás

Publicado em
28 de Dezembro de 2010
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Goiás nunca registrou investimentos em infra-estrutura logística tão significativos como nos últimos cinco anos. Os recursos aplicados pelo Governo Federal na construção da Ferrovia Norte-Sul, na duplicação e na revitalização de rodovias, somados aos investimentos do Governo do Estado para ampliar e modernizar nossa malha rodoviária estão mudando rapidamente o perfil da logística de Goiás.

   O governo de Alcides Rodrigues confere a esses pontos um dos mais importantes legados de sua administração. Sem dúvida o mais relevante investimento que o Estado recebe na atualidade é a Ferrovia Norte-Sul, em fase de conclusão pela Valec, empresa do Ministério dos Transportes. Uma obra que, só em território goiano, absorve investimentos de US$ 1,65 bilhão.

   A inauguração de 1,1 mil dos 1,3 mil quilômetros da ferrovia aconteceu no último dia 23, com participação do presidente Luís Inácio Lula da Silva, do governador Alcides Rodrigues e de autoridades de todas as esferas. Só em Goiás são 516 quilômetros que ligam Anápolis à divisa do Tocantins. O trecho total liga o Centro-Oeste ao Porto de Itaqui, no Maranhão, alterando toda a atual logística de transporte de cargas.

   Para Goiás o aspecto mais significativo é a redução do frete para que os produtos cheguem aos portos. A utilização do Porto de Itaqui amplia substancialmente a competitividade dos produtos goianos, principalmente porque os maiores parceiros comerciais estão localizados no Hemisfério Norte. A Valec planeja construir uma extensão da Norte-Sul saindo de Açailândia, no Maranhão, até o porto de Barcarena, em Belém do Pará.

   Além do frete mais barato há que se considerar o fator tempo, já que saindo pelo Maranhão as cargas destinadas à Europa, Estados Unidos, Japão, China e outros países chegarão ao seu destino com até 14 dias mais rápaido que saindo dos portos do Sudeste. Em Anápolis a Ferrovia Norte-Sul vai se integrar à Ferrovia Centro-Atlântica, fortalecendo a alternativa de exportação pelos portos do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de Santos.

   Em Goiás a FSN não se limita ao trecho da divisa do Tocantins até Anápolis. No último dia 23 a Valec anunciou o início, já nesta semana, das obras da chamada "Extensão Sul" da FNS, que vai de Ouro Verde, em Goiás, até Estrela do Oeste e Panorama, em São Paulo.

Extensão Sul
   Este novo trecho vai beneficiar todo o Sudoeste goiano, passando por municípios como Santa Helena, Rio Verde, Quirinópolis e São Simão, que fazem parte de uma região agroindustrial que está entre as mais desenvolvidas do País em termos de tecnologia e produtividade. Com a construção da Extensão, as saídas serão ampliadas, com uso da hidrovia do Paranaíba-Tietê-Paraná, atingindo os portos do Sudeste e países da América do Sul.

   Além da Norte-Sul a Valec é detentora também da concessão para construção de outros trechos ferroviários no País, entre eles a Ferrovia Leste-Oeste, que sairá das imediações de Uruaçu e seguirá até Vilhena, em Rondônia, passando pelo Mato Grosso.

   Outro trecho ferroviário está previsto para a ligação Alvorada do Tocantins, seguindo na direção Leste até Ilhéus, na Bahia, com extensão de 1,44 mil quilômetros, beneficiando também as regiões produtoras de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, na Bahia. Todos esses trechos serão integrados à Norte-Sul, que funcionará como eixo principal de integração de todas as regiões brasileiras.

   O Governo de Goiás teve participação decisiva em todo o processo de implantação do trecho goiano da Ferrovia Norte-Sul, por meio do Grupo de Trabalho criado com o objetivo de discutir e propor medidas, projetos e programas de desenvolvimento da Região Norte de Goiás, mais especificamente na área de influência da via férrea.

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