Expansão do e-commerce exige melhor gestão do sistema de entrega

Publicado em
18 de Setembro de 2014
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Hoje, cerca de 90% dos lojistas virtuais utilizam o serviço dos Correios no Brasil. Mas também é preciso lançar mão de transportadoras regionais e de soluções tecnológicas para reduzir o custo

Para acompanhar o crescimento do e-commerce brasileiro, com a média anual de 30%, as lojas virtuais têm buscado soluções tecnológicas. Assim, administrar o volume de informações e agilizar a entrega permite evitar o desvio ou atraso dos produtos.

A euforia no mercado ao ver cada vez mais consumidores no ambiente virtual de vendas faz com que a busca por precisão na gestão da entrega dos produtos aumente, incluindo a percepção sobre prazos e custo do frete, aponta o CEO da Axado, Guilherme Reitz.

A empresa é uma startup catarinense especializada em aplicativo de gestão de frete e realizou um estudo do setor. No levantamento, a Axado aponta que hoje cerca de 90% dos e-commerces brasileiros utilizam os serviços dos Correios para entregar seus produtos. Desse percentual, 35% utilizam também transportadora privada. Apenas 13% contam com frota própria.

Portfólio de serviços

No portfólio dos Correios, o mais utilizado é o PAC (89%), seguido por Sedex (84%) e e-Sedex (49%). A pesquisa mostra também que apenas 23% das lojas virtuais utilizam diferentes transportadoras por região. Os dados revelam que muitas empresas ainda deverão perceber o potencial tecnológico e como essas alternativas podem fazer com que determinadas empresas criem campanhas de transporte para entregas mais localizadas. "Com mais opções, o prazo de entrega pode ser menor, assim como o preço do frete", analisa Reitz.

O CEO ressaltou sobre o uso de um gateway de frete, aplicação para e-commerce instalada em um servidor remoto, mantido por uma empresa desenvolvedora. A tecnologia permite ao gestor da loja virtual automatizar o cálculo do frete, fornecendo ao comprador o valor exato do envio da mercadoria para cada região, sem prejudicar a margem de lucro do e-commerce. Das 40 maiores plataformas em operação no Brasil, 30% estão integradas a um gateway de fretes e 17,5% integram mediante pagamento pelo serviço. A maioria, 52,5%, só calcula internamente o frete, sem precisão.

Clientes de peso

No caso da Axado, o aplicativo é atualmente utilizado por cerca de 250 lojas e marketplaces do País - como Extra e PagSeguro/UOL.

Ano passado, a Axado bateu 5 milhões de cotações de frete. Este ano, estima triplicar. "Até junho último já foram observadas 16,5 milhões de cotações, declarou o CCO e diretor comercial do Axado, Leandro Baptista. Segundo ele, a empresa está vinculada a 146 transportadoras e cada tabela de frete é implementada em aproximadamente três dias.

"O e-commerce é um nicho carente de conhecimento específico sobre implementação de tabelas de frete. São muitas informações desencontradas e os métodos adotados na maioria das plataformas de e-commerce não aceita todos os tipos de regras de formação do preço de frete", como argumentou o CCO da companhia.

Para ele, contudo, há inúmeros benefícios para as lojas que implementam uma solução inteligente. A empresa passa a cobrar corretamente o valor do frete, sem perder margem, e o e-commerce reduz o número de chamadas ao SAC por conta do frete. "O lojista pode criar oferecer frete grátis e fidelizar."

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