Eu penso o que você desejar que eu pense..., por Luiz Marins

Publicado em
18 de Outubro de 2010
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Um cliente me perguntou se é certo concordar com alguém, mesmo contra nossas convicções, quando se necessita conseguir alguma coisa desse alguém. Outro me questionou se é aceitável concordar "momentaneamente" com alguém para conseguir algo e depois, "mudar de ideia" sob o argumento de que todos nós temos o direito de mudar de ideia.

Trazendo essa discussão para o ambiente empresarial a pergunta pode ser colocada da seguinte forma: é lícito mentir para o cliente para conseguir a sua assinatura num contrato? Ou ainda, é certo prometer algo ao cliente e depois "mudar de ideia" e não cumprir o que foi prometido, sob qualquer alegação?

A conclusão é que temos que voltar, com urgência, ao tempo em que o que norteava as relações entre as pessoas e mesmo empresas eram princípios e valores elevados e não a conquista imediata de alguma coisa que se deseje, justificando-se utilizar quaisquer meios para essa conquista.

Hoje, diziam os clientes, vale tudo! Vale mentir; vale negar o passado; vale fazer-se de desentendido; vale não assumir posições claras. Tudo para conseguir o que se quer no curto prazo. "Depois conversaremos", como disse um deles. E essa conversa futura é totalmente oposta àquela vendida no início, para conquistar aquela pessoa ou aquele cliente para seus propósitos imediatos. Como enfrentar essa situação sem desesperança me perguntou um terceiro que participava da videoconferência.

Não existe solução mágica. Ela depende de cada um de nós. Depende de nossa disposição para fazermos um pacto de verdade, de ética, de valores morais verdadeiros. Ou levamos essa tarefa a sério ou todos nós iremos naufragar num mar de falsidade. As relações entre as pessoas serão insuportáveis e o valor será mentir, enganar, descumprir chegando às mais graves consequências do relativismo sem fronteiras. Os fins justificarão todos os meios e as pessoas sequer terão opiniões formadas e pensarão aquilo que as outras quiserem que elas pensem e falarão aquilo que as outras quiserem ouvir, num processo voraz de conquistar o que se deseja, a qualquer preço.

Nesta semana, pense nisso. Pense em reunir seus colaboradores e propor uma verdadeira revolução ética e moral a começar por cada um de nós. Uma revolução da verdade, baseada em valores e princípios humanos permanentes e não transitórios. Se cada um de nós não decidir mudar, o mundo não mudará.

Pense nisso. Sucesso!

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