Seguindo a sistemática de apuração semestral de índices de variação de fretes do segmento transportador rodoviário de cargas, a pesquisa realizada pelo DECOPE/NTC no mês de julho último aponta para uma defasagem média de 17,22%, sendo de 9,61% nas operações com cargas fracionadas e de 19,33% nas com cargas lotações.
Outro dado que chama a atenção na pesquisa, é a falta do recebimento dos demais componentes tarifários, tais como frete-valor e GRIS. E, ainda, verifica-se que muitos usuários não remuneram adequadamente o transportador com relação a outros custos e serviços adicionais não contemplados nas tarifas normais. Enquadram-se nesta categoria: a cobrança da EMEX, para o estado do Rio de Janeiro, os serviços de paletização e guarda/permanência de mercadorias, o uso de escoltas e planos de gerenciamento de riscos customizados, o uso de veículos dedicados, dentre outros.
É importante realçar que muitas vezes os custos com esses serviços são superiores ao próprio frete, daí porque trata-se de situação injusta e inaceitável, que precisa ser equacionada pelo mercado.
Finalizando, é oportuno lembrar que estamos novamente próximos de um período de final de ano, onde as demandas crescem e os gargalos logísticos se estreitam, razão pela qual, visando a preservação da saúde financeira da empresa e a recomposição da defasagem, configura-se a necessidade de que contratantes e transportadores encontrem, o mais rápido possível, o equilíbrio em suas relações comerciais como forma de manutenção da regularidade em suas operações.