Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce movimentou R$ 59,9 bi em 2017, alta de 12% em comparação a 2016. Apesar dos bons resultados, um dos gargalos do setor tem sido a Logística.
Para mostrar um panorama mais realista sobre esse importante eixo, a ABComm elaborou, em parceria com a Brazil Panels e a ComSchool, a pesquisa “Logística no E-commerce 2017”, que traz uma análise sobre a questão da armazenagem, transporte e manuseio no e-commerce.
Segundo o estudo, os pedidos demoram cada vez mais para chegar às casas dos consumidores. Na capital de São Paulo, o prazo de entrega passou de 3 para 4 dias, na comparação de 2013 com 2017. Outro ponto é o frete, o maior responsável pelos custos logísticos no e-commerce (58,1%).
A pesquisa mostra, ainda, que não houve grande variação no tipo de armazenagem utilizado pelas operações de comércio eletrônico. A maior parte das lojas virtuais ainda prefere fazer sua própria armazenagem (86,1%). Custo mais baixo e maior controle sobre a operação são as principais vantagens. Por outro lado, a baixa elasticidade em datas sazonais e o menor poder de barganha com transportadoras são as principais desvantagens apontadas.
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A pesquisa também avaliou o volume de lojas virtuais que trabalham com estoques consignados (dropshipping). Apenas 8,6% delas investem nessa modalidade de estoque com todo o seu catálogo de produtos. Frota própria (12,3%), Transportadora Privada (52,8%) e Correios (80,9%) são os tipos de frota mais utilizados.
Quando perguntados sobre o nível de serviços, a satisfação dos lojistas virtuais brasileiros com os Correios diminuiu drasticamente desta para a última edição do estudo, realizada em 2015: quase metade dos entrevistados (43,9%) considera os serviços péssimos ou ruins. O principal problema enfrentado pelas lojas virtuais frente aos Correios é o atraso na entrega, cujas reclamações aumentaram consideravelmente de 2015 para 2017 (de 71,8% para 78,4%).
Quanto ao principal motivo que leva as lojas virtuais a oferecerem frete grátis, aumento da conversão aparece em primeiro lugar, com 75,8% das respostas, seguido por aumento do tíquete médio (42,2,%) e captação de novos clientes (39,8%).
A internacionalização via e-commerce é uma realidade. Assim como há milhões de consumidores brasileiros comprando em lojas virtuais estrangeiras, aumentou o número de lojas virtuais vendendo para outros países. Cerca de 21,5% das lojas virtuais entrevistadas disseram que já enviaram produtos para o exterior, contra 16% em 2015.
Para a elaboração do estudo, foram coletados 544 questionários válidos no campo online. A amostra é composta por empresas de varejo de bens de consumo e os resultados ponderados de acordo com o porte da empresa. Considerando o universo de 22 mil lojas virtuais ativas no Brasil, a margem de erro da pesquisa é de 6% com grau de confiança de 95%.