Levantamento feito com mais de 1.800 executivos de empresas de diversos portes e setores indica a perspectiva econômica e de investimentos das companhias para 2013
A PageGroup, líder e pioneiro em recrutamento especializado no Brasil e na América Latina, acaba de divulgar o estudo anual de Perspectivas Econômicas e de Investimentos 2013. O levantamento, que contou com a participação de cerca de 1.800 CEOs, CFOs e diretores e gerentes revela que a maioria dos executivos consultados está otimista em relação ao desempenho de alguns dos principais indicadores macroeconômicos no próximo ano, como taxa Selic, inflação, câmbio, PIB e índice de desemprego.
Participaram da pesquisa, profissionais das áreas de Finanças / Controladoria, Recursos Humanos, Vendas, Jurídico e Marketing, Tecnologias, Operações e Logística.
Para Paulo Pontes, presidente da PageGroup no Brasil, o levantamento “traça um panorama geral sobre a economia brasileira em 2013, na visão dos profissionais brasileiros".
Índice de Desemprego
Os executivos estão otimistas em relação ao mercado de trabalho. Os números referentes ao desemprego no Brasil vêm de um patamar historicamente baixo, e 83,8% acreditam que a taxa de desemprego deve diminuir ou se manter em relação a 2012.
Inflação
De maneira geral, os executivos são relativamente positivos com relação á inflação. 58,4% acreditam que deve ser mantida, mas apenas 11,7% acreditam que deve diminuir com relação a 2012. 29,9% dos respondentes acreditam que esta taxa deve aumentar – quadro próximo ao encontrado no estudo de perspectivas de 2012 – realizado pelo PageGroup.
Selic
Com relação à taxa básica de juros, 31,6% dos executivos acreditam que a taxa básica de juros deve cair – número bem menos otimista quando comparado com a porcentagem de respondentes de 2011. 52,2% entendem que a taxa deve manter-se na mesma posição e apenas 16% acreditam em um aumento da taxa. Isso pode se explicar pelo fato da maioria das pequenas e médias empresas possuírem capital nacional, o que ainda evidencia que o mercado interno e a falta de relação corporativa no exterior proporcionam a elas uma perspectiva mais otimista do cenário.
Câmbio
A cotação do dólar é o indicador mais estável na previsão dos executivos entrevistados (66,5% acreditam na estabilidade da cotação em torno dos R$ 2,00). Mas ainda existem aqueles que acreditam na desvalorização (13,1%) e principalmente na valorização (20,4%) da moeda.
PIB
O PIB (Produto Interno Bruto) é outro setor que apresenta crescimento. 54,3% acreditam que o PIB deve aumentar em relação a 2012 – cenário mais favorável que o de 2011, onde 45,9% apostavam no crescimento. 34,3 entendem que o PIB do país irá se manter o mesmo, enquanto que apenas 11,4% acreditam na diminuição do lucro e, consequentemente, na desaceleração da economia do País.
Investimentos das Organizações
O entusiasmo das organizações se mantém quando o assunto é investimento. Nesse quesito, 55,7% planejam aumentar os investimentos em relação a 2012, 28,9% pretendem mantê-los e 15,4% pretendem diminuí-los.
Comparando empresas nacionais e multinacionais, as nacionais planejam um maior investimento (57,5%).
Em comparação as empresas de grande porte são as que planejam maior investimento, com 51,7% das respostas positivas e são as que preveem maior diminuição dos investimentos (18%). Nessa questão, o cenário apresentado é bastante similar ao de 2012, mantendo-se a tendência de mercado.
Perfil dos participantes
Pouco mais de 44%% dos participantes atuam em empresas multinacionais e o restante em empresas brasileiras. Pelo critério de faturamento, 28% das companhias se enquadram na faixa de empresas enormes, com faturamento acima de 1 bilhão de reais. Abaixo delas vem as grandes empresas com faturamento entre 500 milhões e 1 bilhão, que representam 14,1%. As médias, com faturamento até 500 milhões somaram 14% e as pequenas, com faturamento até 100 milhões de reais representam 32,5%.
Os principais indicadores macroeconômicos para 2013 foram avaliados pelos participantes que de uma maneira geral se mostraram otimistas com a economia brasileira. O destaque fica por conta das empresas nacionais e de menor porte, que se mostraram mais confiantes.