Estudo aponta projetos prioritários para o Centro-Oeste

Publicado em
30 de Outubro de 2013
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O Centro-Oeste precisa com urgência de R$ 36,4 bilhões em investimentos para 106 projetos de infraestrutura logística até 2020. A conclusão é do estudo "Centro-Oeste Competitivo", que será divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). No total, a demanda de investimentos chega a R$ 159 bilhões em 308 projetos.


A aplicação desse total permitiria uma economia anual de R$ 11,1 bilhões, considerando o volume de carga projetado para 2020, que será de R$ 60,9 bilhões, caso as obras não sejam realizadas. Somente a conclusão dos 106 projetos prioritários permitiriam, por sua vez, a economia de R$ 7,2 bilhões anuais, ou 64,9% do total. Esses recursos seriam pagos em 5,1 anos, graças à redução de custos logísticos que podem proporcionar.

"Dar prioridade aos 106 projetos permitirá que com um quarto do investimento necessário seja possível alcançar quase dois terços da economia potencial consolidada", avaliou o estudo, antes de acrescentar que "todos os 308 projetos listados são importantes para a região Centro-Oeste, mas os 106 projetos selecionados devem ser priorizados e realizados no curto e médio prazos".

O problema é que apenas 19 dos 106 projetos prioritários estão em andamento, o equivalente a R$ 5,9 bilhões em investimentos, ou 16,4% do total. Outros 28 projetos que necessitam de R$ 4,8 bilhões (13,3%) já foram projetados e, de acordo com o estudo, pedem pressão "para a liberação do edital".

O grosso dos investimentos, R$ 23,6 bilhões (65%), já foi planejados e precisa da realização "dos estudos faltantes e garantia do orçamento". Completando a lista, 17 projetos estão apenas na fase de idealização, o que corresponde a R$ 1,9 bilhão em investimentos.

Na separação por modal, o eixo ferroviário é o que pede o maior volume de investimentos. São R$ 17,5 bilhões (48,2% do total) em 26 projetos. Em seguida vêm os investimentos em portos, com 23,3% do total, o equivalente a R$ 8,4 bilhões em 25 projetos. O modal hidroviário,por sua vez, precisa receber 18,4% dos investimentos prioritários, ou R$ 6,6 bilhões em 34 projetos. Por fim, a lista dos 106 projetos inclui 21 obras no modal rodoviário, que pedem R$ 3,670 bilhões em investimentos (10,1% do total).

A maior parte dos projetos é de responsabilidade do governo federal e está incluída em ações como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São 34 projetos de responsabilidade da União que necessitam de R$ 12,1 bilhões, ou 33,3% do total. Nesses casos, a recomendação do estudo é "garantir os recursos financeiros".

Já a iniciativa privada é responsável por 30 projetos com R$ 11,227 bilhões (30,8%) em investimentos. Os governos estaduais são os operadores de três projetos, com R$ 107 milhões (0,3% do total) previstos em investimentos. Uma parceria público/privada, por sua vez, deve tocar dois dos projetos, com R$ 1,239 bilhão em investimentos (3,4% do total). É a mesma quantidade de obras de responsabilidade de governos estrangeiros, mas nesse caso, os investimentos necessários somam R$ 154 milhões ou 0,4% do total.

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