Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) avalia que retomada mais consistente comece daqui a três anos
Os grupos internacionais, interessados em licitações na área de infraestrutura, poderão criar um novo ciclo para o segmento, no biênio 2020-2021. Apesar da distância no tempo, a Anfir acredita que melhorias começam a ser sentidas nesse ano, com um incremento de 10% em cima dos resultados de 2016. A entrada de empreendedores estrangeiros, segundo a entidade, acontecerá em funções das condições que estão sendo criadas atualmente.
Para Alcides Braga, presidente da Anfir, o cenário modificar inclui proposta de novas licitações onde as empresas deverão investir com capital próprio e não contar com subsídios do BNDES. “É a melhor notícia para nós do setor, essa mudança de padrão, que era um modelo mais concentrado; isso trará novos atores a serem contratados e mais diluídos entre os projetos”, argumenta.
O programa de licitações em infraestrutura será direcionado a obras em rodovias, aeroportos, ferrovias entre outros. “É a visão do copo meio cheio; deve acontecer um turnover de novos consórcios e o surgimento de várias construtoras regionais. No médio prazo nossa indústria vai respirar”, avalia Braga.
A recuperação do setor de implementos, de acordo com ele, será naturalmente lenta porque a indústria é diretamente ligada ao desempenho dos demais setores da economia.
Confirmando a assertiva do executivo, vale lembrar que os números atuais ainda estão abaixo dos resultados de 2016: no primeiro trimestre, a indústria de implementos registrou retração de 26,8% no volume de emplacamentos de produtos com relação aos três primeiros meses de 2016.
De janeiro a março as vendas de produtos do segmento de reboques e semirreboques foram de 4.905 unidades ante 6.150 produtos no primeiro trimestre de 2016. No setor de carroceria sobre chassis as vendas no primeiro trimestre de 2017 foram de 6.540 unidades contra 9.490 produtos do mesmo período do ano passado.