Espelho em logística de perecíveis*

Publicado em
11 de Dezembro de 2013
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Fernando Gambôa é diretor sênior do Grupo ASSA

O maior desafio hoje para os varejistas é conseguir elevar a rentabilidade por meio do giro mais rápido das mercadorias e, assim, evitar os prejuízos com estoques onerosos.

Uma das mais tradicionais lojas de Londres, por exemplo, muda a oferta de produtos como roupas, calçados e demais acessórios duas vezes ao dia, em pequenos lotes, para ter giro mais rápido das mercadorias e evitar estoques.

Para enfrentar o problema, muitos varejistas decidiram organizar a reposição de mercadorias como se fossem distribuidores de frutas e verduras, ou seja, desenvolveram processos para ter maior rapidez nas vendas.

Com apoio de novas tecnologias, conseguem mapear em tempo real quais produtos vendem mais por lojas, cidades e regiões.

Monitoram o fluxo de consumo e decidem deslocar os produtos mais lentos em vendas para outras unidades que apresentam maior velocidade de compra.

As tecnologias que chegam ao varejo procuram dar respostas rápidas a todas essas demandas. Porém, muitos projetos de modernização costumam naufragar por falta de um modelo de implementação sólido de transformação digital que envolve três pilares: a organização prévia de processos, a escolha da tecnologia adequada e o envolvimento da área de TI das empresas e o consequente treinamento dos usuários.

Todo mundo fala em Big Data, mas no final o êxito operacional é regido pela capacidade logística que a empresa possui. Todo mundo quer comprar em um site e ter a certeza que vai receber.

Não adianta mandar uma oferta para o consumidor e não conseguir manter as lojas abastecidas.

Aqui no Brasil uma rede de franquias especializada na venda de óculos passou a enviar por e-mail ofertas de óculos já adequados para as características do rosto do cliente que, ao se cadastrar previamente, tirou algumas fotos para o banco de dados da empresa.

Neste caso, faz o uso de ferramentas para praticar o marketing individualizado para alavancar vendas.

Mas para lançar modelos inovadores é preciso fazer um projeto de longo prazo adequado ao perfil da empresa. Existem hoje disponíveis no mercado boas ferramentas para criar toda uma base para o varejista.

Mas para chegar a lidar com o Big Data, a empresa precisa fazer o projeto do zero e isso demora um certo tempo.

Muitos casos mão certo porque algumas companhias já querem pular essa etapa.

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