Especialistas britânicos compartilham experiências em busca de soluções para o trânsito no Brasil

Publicado em
22 de Novembro de 2013
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Objetivo da discussão é contribuir para melhorar a segurança no setor automobilístico com ações de educação e investimento em inovação

Nesta quinta-feira, 21 de novembro, o Consulado Geral Britânico em São Paulo sediou o seminário “Engenharia Automotiva: Inovação Constante”, promovido pelo Valor Econômico em parceria com o Governo Britânico, como parte da Campanha GREAT Britain.

O seminário contou com a presença de grandes referências do setor automobilístico, entre os quais Peter Windson, jornalista especializado no setor automotivo, Andrew Green, piloto do carro supersônico Bloodhound, John Parkinson, diretor da campanha britânica THINK, e Robert Goodwill, Ministro Britânico dos Transportes. Foram abordados temas como mobilidade, inovação, condições para desenvolvimento de carros seguros e ações de conscientização para a segurança no trânsito. Os palestrantes também apresentaram novas tecnologias para aumentar o monitoramento e melhorar as condições das avenidas e estradas reduzindo, dessa forma, acidentes e vítimas.

Entre os destaques, o painel sobre as contribuições históricas da F1 no desenvolvimento de tecnologias para a criação de um carro mais moderno e eficiente contou com a presença do ex-piloto Emerson Fittipaldi, entre outras personalidades. Segundo ele, “a evolução da segurança nos carros de corrida um dia chegará aos carros de passeio”. Carlos Szeles, representante da Land Rover, complementou que, assim como acontece na F1, a indústria automobilística também busca ser mais eficiente em segurança, rapidez, performance e conforto. “A F1 acelera estas inovações e transporta o conhecimento para a indústria automobilística”.

Uma das conclusões do seminário é que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para reduzir a quantidade de mortes no trânsito, começando pelo monitoramento mais preciso do número de vítimas de acidentes. Segundo Maria Cristina Hoffman, Coordenadora Geral de Qualificação do Denatran, os números de acidentes ainda não são confiáveis e o governo vem atuando para integrar os dados dos Ministérios dos Transportes e da Saúde.

Outro ponto discutido foi a necessidade de incrementar ações educativas de forma mais ampla, abrangendo escolas, condutores, pedestres, ciclistas e motociclistas. “Quando se vai à Inglaterra, as pessoas param no cruzamento. Aqui no Brasil ainda temos muito que aprender”, disse Emerson Fittipaldi.

Para finalizar o evento, o piloto Andrew Green apresentou o trabalho que vem sendo feito pelo governo britânico em termos de pesquisa e desenvolvimento do carro supersônico Bloodhound, que deverá alcançar 1600 km/hora em apenas 3,6 segundos. Ele explicou que o grande objetivo deste projeto - que se configura como uma “aventura de engenharia” - é estimular nas futuras gerações a busca por inovação e novas tecnologias. Green explicou que o Brasil tem hoje 40 mil engenheiros quando idealmente deveria ter 70 mil, uma realidade parecida com a do Reino Unido. “Com este projeto, queremos fazer com que os jovens fiquem animados com a tecnologia”, concluiu.

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