Escolha o seu smartphone

Publicado em
24 de Novembro de 2010
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Ter um celular que faz muito mais que ligações não é mais coisa de executivos ou aficionados por tecnologia no Brasil. Os smartphones, com suas supercâmeras, sistemas operacionais e aplicativos, estão se disseminando rapidamente.
No país, as vendas dos aparelhos inteligentes cresceram 128% na primeira metade de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009, segundo dados divulgados no final de agosto pela Nielsen Company.

Ao longo de um ano, não houve redução significativa dos preços dos aparelhos. A Nielsen Company estima que a queda registrada nos primeiros seis meses de 2010 tenha sido de 2% -ainda em comparação com o mesmo período de 2009.
No mundo, o crescimento desse mercado também é sólido. De acordo com a consultoria Gartner, as vendas de smartphones cresceram 96%, quando são comparados os números do terceiro trimestre de 2009 e de 2010.
Nesta edição, leia avaliações dos mais recentes lançamentos do mercado, conheça as diferentes plataformas e saiba por que o Windows Phone 7 é tido como promessa para 2011.

Veja ainda dicas para aumentar a duração da bateria do seu aparelho e para manter em segurança os dados confidenciais armazenados.
Confira também uma comparação entre os tablets Galaxy Tab e iPad.

 

Afinal, o que é um smartphone?

O que diferencia um celular comum de um smartphone? Segundo Andrew Nusca, editor do site de tecnologia ZDNet, os celulares inteligentes são aqueles que têm mais poder computacional e conectividade do que os aparelhos comuns.
Para David Pogue, colunista de tecnologia pessoal do "New York Times", a palavra smartphone é muito limitada para definir esses aparelhos. Ele prefere um novo termo, "app phones" (telefone com aplicativos, em tradução livre).
Veja, abaixo, alguns modelos de celulares inteligentes à venda nas principais operadoras brasileiras.

IPHONE 4
Ele dispensa apresentações: tela sensível ao toque de 3,5 polegadas e resolução de 960x640 pixels, duas câmeras de vídeo e uma plataforma com centenas de milhares de aplicativos
ONDE vivo.com.br
QUANTO R$ 1.149 (16 Gbytes no plano iPhone 100 - 500 Mbytes) ou a R$ 1.799 no pré-pago

MOTOROLA MILESTONE 2
Com Android 2.2, tela de 3,7 polegadas sensível ao toque e câmera de 5 Mpixels, essa é a segunda geração de um dos smartphones mais populares do Brasil
ONDE tim.com.br
QUANTO R$ 1.392

SAMSUNG GALAXY S
Com Android 2.1, esse aparelho está se tornando a nova vedete do mercado nacional: tela de quatro polegadas de Super Amoled e sistema Swype de digitação
ONDE claro.com.br
QUANTO Grátis a partir do plano Sob Medida R$ 390 com pacote de internet de 500 Mbyes

BLACKBERRY 8520
Tem aquilo que tornou a família BlackBerry conhecida: e-mail, acesso à internet e organizador. Também suporta diversos formatos de vídeo e aúdio
ONDE oi.com.br
QUANTO R$ 999

SONY ERICSSON X10
Sua versão do Android é defasada (1.6), mas ele tem tela de quatro polegadas, processador de 1 GHz e programas de gerenciamento de redes sociais
ONDE vivo.com.br
QUANTO R$ 699 no plano Vivo Smartphone 100 (50 Mbytes) ou R$1.499 no pré-pago

NOKIA C3
Acesso a redes Wi-Fi, chat, e-mail e redes sociais e teclado QWERTY
ONDE claro.com.br
QUANTO Grátis a partir do plano Sob Medida R$ 62 com Pacote de Internet de 40 Mbytes
 

 

Windows Phone 7 devolve Microsoft ao mercado móvel

Novo sistema operacional ganha elogios pela interface e tenta corrigir o passado errante da empresa no setor

A concorrência, porém, ainda está na frente; dispositivos com o programa só devem chegar ao Brasil em 2011

BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nas lojas dos EUA desde o início do mês, o Windows Phone 7, novo sistema operacional para smartphones da Microsoft, já conseguiu uma proeza: colocar novamente no mapa da telefonia móvel a empresa de Bill Gates.
As experiências anteriores da companhia no setor a deixaram com uma fatia mínima de consumidores (cerca de 10% até a metade deste ano, segundo a comScore). E o pior: levaram a fama de produtos complicados e pouco amistosos para o usuário.
A solução foi começar do zero. Ou quase isso. A Microsoft se baseou no Zune HD, seu tocador de MP3, para criar um sistema operacional novo, com design chamativo e convidativo ao uso.
Os elogios para a nova cara do programa pipocaram em blogs especializados e em colunas de veteranos do mundo tecnológico, como Walt Mossberg, do "Wall Street Journal".
Foram vistas também com bons olhos as integrações do sistema com o Office, o serviço de música do Zune e a rede de games Xbox Live.
Em seu primeiro dia nas lojas, os dez celulares com o WP7 venderam juntos cerca de 40 mil unidades, segundo o site TheStreet. Parece pouco (o iPhone 4 vendeu cerca de 1,7 milhão de unidades em seu primeiro fim de semana), mas, diz o analista da Nielsen Roger Entner, ainda é cedo para qualquer análise.

AINDA ATRÁS
O WP7 carrega o número sete, mas essa se trata apenas da primeira geração do sistema operacional.
Por isso, apesar do visual, o WP7 está atrás da concorrência em vários quesitos. Apple e Google já contornaram alguns desses problemas em versões anteriores do iOS e do Android.
O WP7, por exemplo, não faz criptografia das informações no aparelho, o que torna quase proibitivo seu uso em ambientes corporativos.
Com isso, apesar de ter dado novo fôlego à Microsoft, o WP7 precisará de um ritmo de atualizações forte, como o Google fez com o Android. Do contrário, esse poderá ter sido apenas o suspiro da morte da companhia no setor.

NO BRASIL
Não há data para a chegada do WP7 ao país. A única certeza é que ela ocorrerá somente em 2011, pois a Microsoft negocia com operadoras e fabricantes de celular.
Junto com o WP7 também deve haver o lançamento nacional do Marketplace, a loja de aplicativos da Microsoft -eles poderiam, portanto, ser comprados em reais. Quem diz isso é Celso Winik, gerente da área de mobilidade da Microsoft Brasil.
Segundo ele, o plano da empresa é que os usuários possam pagar seus aplicativos junto com a conta de celular. Já o serviço de assinatura da rede do Zune, no entanto, não deverá chegar oficialmente ao país -situação semelhante à do iTunes.
 

 

Operadoras limitam pacotes de dados para smartphones

Sem opções de planos ilimitados, internet móvel traz restrições quanto ao volume de dados transferidos

Empresas apontam pacotes de conteúdo como música ou redes sociais como principal tendência para o futuro

LUIZ GUSTAVO CRISTINO
DE SÃO PAULO

As operadoras de telefonia móvel oferecem vários planos de dados para o acesso à internet por meio dos smartphones. Cada um deles tem suas restrições específicas.
A maioria é limitada por uma franquia de transferência, que pode ir de 10 Mbytes a 10 Gbytes, o que varia com a operadora, o plano e o smartphone do usuário. Quando se ultrapassa essa franquia, há duas possibilidades, a depender da operadora e do plano escolhido: ou a velocidade da conexão é drasticamente reduzida, ou paga-se uma tarifa extra por Mbyte excedente transferido.
A Vivo, por exemplo, promete conexões de até 1 Mbps. Uma vez estourado o limite de transferência de dados, porém, essa velocidade cai para um máximo de 32 Kbps. Se o usuário quiser se livrar da lentidão, pode informar à operadora que deseja pagar pelo consumo excedente.

PERFIS
Em suas páginas na internet, as operadoras disponibilizam orientações para que o cliente tenha ideia do melhor plano. Em algumas delas, interativas, ele informa hábitos de uso, como número de e-mails enviados diariamente ou quantidade de músicas baixadas por mês.
O perfil e os objetivos do usuário de internet para celulares é, portanto, variável fundamental na escolha, e motivo da segregação cada vez maior de pacotes.

CONTEÚDO
"As pessoas estão começando a entender o que elas consomem em termos de internet para celulares. No futuro, é possível que tenhamos pacotes limitados por conteúdo, como redes sociais ou música", afirma Fiamma Zarife, diretora de serviços de valor agregado da Claro.
A RIM, fabricante do BlackBerry, deu um passo nessa direção. Diferentemente dos demais smartphones, os pacotes do aparelho são limitados pelo conteúdo acessado, e não por quantidade de dados transferidos.

 

BlackBerry é exceção em planos de operadoras

Smartphones da marca BlackBerry são sempre exceções nas regras das operadoras de celular. Em todas as maiores do país (Claro, Oi, TIM e Vivo) os aparelhos da canadense RIM têm planos de dados especiais, divididos por categorias.
Em vez de pacotes por bits transferidos ou tempo de conexão, os dois métodos mais comuns, os planos para BlackBerry são separados por perfis: um para quem usa mais e-mails; outro para quem acessa mais redes sociais, por exemplo.
"O BlackBerry é diferente porque tem que passar pela rede da RIM, tem algumas restrições de uso da internet. Para um usuário pesado de internet, não recomendamos o BlackBerry, porque ele tem limitações. Alguns conteúdos não passam pela rede da RIM, no Canadá, e acabam sendo cobrados fora do pacote, como se fosse um Mbyte avulso" explica Roberto Guezburger, diretor de segmentos da Oi.
"Para quem usa muito e-mail, mensagens e redes sociais, ele é a melhor solução, até pela proteção de dados pessoais que oferece. Ele não inclui alguns tipos de acesso a determinados sites", completa Roberto. Um exemplo é o YouTube, quase nunca incluído nos planos para BlackBerry.

APLICATIVOS
Outra diferença no universo BlackBerry: a RIM também não considera que os aplicativos para smartphones sejam essenciais quando se fala de internet móvel -ao contrário de seus rivais iPhone e celulares com Android, que investem pesado em aplicativos.
"Você não precisa transformar a web num aplicativo. Eu não preciso de um aplicativo do YouTube para ir até o YouTube", disse Jim Balsillie, executivo-chefe da RIM, na Web 2.0 Conference, que aconteceu em San Francisco no último dia 16.
(ALEXANDRE ORRICO)

 

Saiba como aumentar a duração da bateria

Entenda por que seu smartph one o deixa na mão tão rapidamente

Diferentes serviços de conectividade e telas sensíveis ao toque são apontadas como vilões por especialista da área

O analista Ricardo Fernandes, 33, comprou um Motorola Milestone e, para poder usá-lo como gostaria, teve que montar um superesquema para não ser abandonado pela bateria do aparelho. Ele tem um carregador em casa, um no escritório e um no carro. Para completar, comprou duas baterias extras.
"Usei o aparelho e vi que, para um usuário assíduo, a bateria não dá conta. Adotei todas as soluções que eu consegui imaginar", disse.
Fernandes não está sozinho. As reclamações sobre as baterias dos smartphones são recorrentes.
O professor Sergio Penedo, da Faculdade de Engenharia da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), aponta os serviços de conectividade e as telas dos aparelhos como os grandes vilões do baixo desempenho de suas baterias.
"Pelo fato de usar serviços como 3G, Wi-Fi e Bluetooth, o aparelho está sempre fazendo uma varredura. Naturalmente, o tempo de duração da bateria tende a ser menor", explica. "As telas maiores, com sensibilidade ao toque e iluminação, também consomem muita energia."
Por isso, o professor recomenda que os serviços de conectividade sejam ligados somente quando o uso for necessário e que o brilho da tela seja ajustado para racionar o consumo de energia.
Também existem alguns aplicativos específicos que fazem o gerenciamento de energia. Os usuários do sistema Android, por exemplo, podem usar o Battery Booster (bit.ly/batteryboos), que ajuda no gerenciamento da vida da bateria.
Donos de iPhone podem usar o Battery Plus (bit.ly/batteryplu) ou o Battery Manager Pro (bit.ly/batterypro), que oferecem funções parecidas.
O professor Penedo também explica que é preciso trocar de bateria depois de um tempo: "O celular tem um número fixo de ciclos de recarga. Depois de um tempo, a bateria fica velha".

MITOS
Precisar carregar toda a bateria de uma vez ou ter que esperar a descarga total antes da recarga não é algo necessário quando se trata das novas baterias de celular, que são compostas por polímeros de íon, segundo Penedo. "Isso ocorria com as baterias antigas de níquel, mas agora é mito."
Apesar de esquentar mais, a bateria de íon ainda é melhor que a de níquel. "O fabricante pode adequar o formato dela, e o lítio é mais leve", destaca o professor.
(AMANDA DEMETRIO)

 

SAIBA COMO AUMENTAR
A DURAÇÃO DA BATERIA DO SEU SMARTPHONE

AJUSTES
Explore seu celular para encontrar as configurações que aumentam a duração da bateria, como o brilho da tela. Tome cuidado também com os ajustes de verificação automática de e-mails, já que ela exige que o aparelho esteja o tempo todo buscando por mensagens

CONECTIVIDADE
Ligue os sistemas de conectividade -como 3G, Wi-Fi e Bluetooth- somente quando for necessário fazer o seu uso

PESQUISA
Procure informações específicas sobre o seu aparelho on-line. Cada aparelho traz ferramentas próprias que podem ser mais bem aproveitadas

RECARGA
Carregue o seu telefone celular sempre que for possível. No carro, no escritório ou no aeroporto, é sempre bom fazer uma recarga

LIGAÇÕES
Prefira fazer ligações em vez de enviar e-mails. As conexões de voz usam menos bateria que as de dados

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