ES briga por duplicação da BR-262 sem pedágio, diz Ferraço

Publicado em
11 de Setembro de 2013
compartilhe em:

Audiência com o governo federal acontece às 11h desta quarta, em Brasília. Ferraço espera que o governo tenha feito uma reflexão favorável ao estado.

A bancada federal capixaba continua na briga por mudanças na concessão da BR-262, que liga o Espírito Santo a Minas Gerais, principalmente com relação à cobrança de pedágios. Uma audiência está marcada para às 11h, nesta quarta-feira (11), em Brasília com o governo federal. O senador Ricardo Ferraço, membro da Comissão de Infraestrutura do Senado, contou que a expectativa da bancada é de que o governo “faça uma reflexão sobre o quanto nós precisamos dessa obra, mas uma obra sem pedágio”. Ele disse que o estado briga para ter a duplicação da rodovia, sem a cobrança de pedágio.

Os problemas começam com o fato de os capixabas que usam a BR-262 terem que pagar pedágio antes de os benefícios chegarem, com o agravante de a obra no trecho do estado ser tocada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (Dnit) com verba federal, sem um centavo da concessionária, conforme destacou o senador. O leilão de concessão do trecho que corta o estado está marcado para 18 de setembro, com previsão de assinatura do contrato em 9 de dezembro.

Agência prevê pedágio de até R$ 9,70 na BR-262 em trecho do ES
Ferraço explicou que a bancada briga há anos pela duplicação da BR-262 e a conquista foi a inclusão do projeto no Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, mas que a concessão contém falhas e erros. “Não podemos abrir mão da duplicação da BR-262, que antes de ser um eixo fundamental para o nosso desenvolvimento, é uma rodovia que precisa assegurar uma condição de fluxo segura a todos os capixabas e brasileiros que ali passam. Nossa expectativa, sinceramente, era de que essa obra fosse feita sem pedágio, por tudo que temos administrado nesses anos, pelas perspectivas que gerou o governo federal, que nós capixabas seríamos compensados”, disse.

Para o senador, não há sentido em cobrar pedágio no Espírito Santo para beneficiar o estado de Minas Gerais. “Não tem sentido, na prática, nós pagarmos pedágio por essa obra para reduzir o pedágio em Minas. Esse pedágio seria penalizar um conjunto muito grande de pequenos produtores que passam pela rodovia diariamente e que vão ter que pagar um pedágio de ida e volta de aproximadamente R$ 36 Nossa expectativa é de que a ministra traga a boa notícia de que o governo repensou e de que essa obra será construída em território capixaba sem pedágio”, falou.

Apesar disso, Ferraço afirmou que a bancada considera justa a cobrança de pedágio após a conclusão das obras da BR-262. “Consideramos justo que houvesse algum tipo de pedágio, mas isso após a conclusão da obra, compatível com a manutenção e conservação da rodovia, inclusive com equipamento que atendessem quem passa por ela, com primeiros socorros, pro exemplo”, disse.

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.