Equívocos muito comuns no planejamento estratégico, por Paulo Ricardo Mubarack

Publicado em
29 de Agosto de 2012
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Estamos em agosto e muitas empresas começam a cumprir seu cronograma para terminar o ano com seu planejamento estratégico concluído, orçamento e investimentos aprovados e metas claras para o próximo período. Existe farta literatura e oferta de consultorias para ajudar uma companhia a elaborar um bom planejamento, mas ainda são muitos os equívocos cometidos, o que acaba em estigmas, descrença e abandono deste processo crítico para uma organização.

Conheço alguns empresários e executivos de alto escalão que simplesmente ficam com a pele embolada quando se utiliza perto deles o termo “planejamento estratégico”.

Vejamos alguns equívocos muito comuns neste tipo de trabalho, em muitos casos infelizmente reforçados por consultorias desqualificadas e livros tecnicamente fracos.

1.  Reunir muita gente para fazer o planejamento inicial.
O planejamento inicial, com a determinação de premissas, deve ser feito por um pequeno grupo de pessoas, normalmente os proprietários ou três ou quatro executivos da diretoria. Começar com um grupão com duas dezenas de pessoas é passaporte certo para a confusão.

2.  Não haver suficiente preparo para quem elabora.
Dados são fundamentais para a criação de um bom plano. Dados fidedignos, obviamente, e não um copia-cola de algum PDF do Google. Estudo sério e detalhado feito previamente pelos participantes. Do contrário, o evento de planejamento vira uma sessão de palpites.

3.  Utilizar brainstorming para elaborar a famosa matriz SWOT.
Brainstorming é uma técnica pobre, própria para quem pouco conhece sobre algum assunto. Profissionais fazem avaliações dos processos da empresa e, com evidências e indicadores, identificam os processos (dois ou três) mais fracos e críticos no impacto dos resultados. Estes serão os pontos fracos para serem atacados, da mesma forma que os pontos fortes serão identificados e explorados. Oportunidades e ameaças você também detecta com dados minuciosamente coletados e analisados e não com uma “tempestade de palpites”.

4.  Não compreender quatro questões básicas: sacrifícios precisarão ser feitos, padrões mais elevados de performance deverão ser buscados através de planos de ação, alternativas (planos B) devem ser estudados profundamente e deve ser estabelecido forte senso de urgência.

5. Não desdobrar os planos e metas.
Planos e metas precisam ser cuidadosamente desdobrados. Só um maluco gerencia uma empresa pelos grandes números e longe dos detalhes. Bons gestores gerenciam com lupa e procuram os pequenos números e os detalhes que fazem toda a diferença na hora de prever vendas ou de cortar custos.

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