Empresas do Oeste Paulista buscam alternativas para reduzir gastos

Publicado em
06 de Fevereiro de 2015
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Devido aos aumentos anunciados pelo governo, a solução é economizar.
Um exemplo é a conta de energia de uma empresa que está 40% mais cara.

Do G1 Presidente Prudente

 

Com os constantes aumentos anunciados pelo governo, as empresas que necessitam produzir observam os custos aumentarem cada vez mais. Um exemplo, é uma metalúrgica de Pirapozinho, que tem recebido uma conta de energia 40% a mais cara. O frete para transportar a matéria-prima também ficou mais alto, o que vai encarecer os custos de produção.

De acordo com a empresária Doris Ravage, atualmente, o que mais tem causado impacto é a energia. “O frete da matéria prima vem de fora e o frete do nosso produto vai para fora. Isso impacta muito e faz com que as vendas caem e, caindo as vendas, nos preocupa porque é preciso fazer redução dos custos”, disse.

Para contornar o aumento nas tarifas, algumas medidas internas foram adotadas, na tentativa de amenizar os impactos. Uma alternativa encontrada pela empresa para tentar reduzir os gastos com energia elétrica foi desativar uma estufa. O processo para secar todas peças passou a ser feito em uma secadora e, com isso, o consumo de energia diminuiu 95%.

Em outros setores da fábrica, as lâmpadas de 40 watts foram substituídas por outra que consomem bem menos. O gerente Rogério Francisco Alexandre afirma que como esta troca é cara pequenas coisas são substituídas. “Começamos com a iluminação, aos poucos conseguimos trocar alguns maquinários te ainda temos vários projetos para aos poucos tentarmos diminuir a parte elétrica que é um dos quesitos que pesa na nossa conta", aponta

Apesar das manobras para reduzir os gastos, a fábrica terá que mexer nos preços. Ravage aponta que “como estes aumentos estão acontecendo agora, vamos aguardar que tudo seja estabilizado para colocar as contas na ponta do lápis para repassar o mínimo possível para o consumidor final, pois não tem como deixar de repassar, porque é uma questão de sobrevivência e de gerar empregos”.

Segundo o economista José Nivaldo Luchetti, não há saída para as empresas. Os aumentos anunciados pelo governo nas áreas de energia e combustíveis, que compõem os custos de produção, vão forçar um reajuste para equilibrar as contas.

“Se ocorrem aumentos dos custos de produção e o empresário não pode repassar tudo para o seu produto final. Se ele repassar, vai diminuir seu faturamento e as vendas”, “O empresário vai procurar cortar custos internamente e, normalmente, o primeiro corte de custos que ele procura fazer é a diminuição do quadro de funcionários”, disse o economista.

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