Desde as primeiras horas da manhã de ontem (13/1), os motoristas que passaram pelo trecho urbano de Rondonópolis na BR-163/364, bem como os rondonopolitanos que precisam utilizar a via para deslocamento ao trabalho, enfrentaram trânsito lento devido a um protesto do Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG) contra os valores do frete praticados no País. Na ocasião, os veículos carregados com grãos e derivados foram impedidos de passar por dois bloqueios, sendo um no Trevão, no entroncamento das BRs 163 e 364, e outro no trevo de saída de Rondonópolis para Cuiabá. Os demais veículos foram autorizados a passar.
A manifestação que ocorreu pacífica durante a manhã, no período da tarde teve os ânimos exaltados, já que muitos motoristas graneleiros que não quiseram aderir ao movimento de protesto e não puderam passar pelos bloqueios, ficaram nervosos com a situação. Houve inclusive discussões que tiveram que ser acalmadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Apesar de a rodovia não estar bloqueada, o trânsito ficou complicado nas proximidades de Rondonópolis ao longo do dia, com motoristas tentando retornar ou estacionar às margens da pista no aguardo do fim do protesto.
A categoria trabalha diretamente com transportadoras de grãos e reivindica melhorias no valor do frete dos produtos. Eles alegam que o valor pago por empresas não cobre sequer os gastos para trabalhar, e que nem mesmo os reajustes no preço do combustível no último ano foram repassados. A paralisação também é uma forma de chamar a atenção dos congressistas para a aprovação do Projeto de Lei nº 518/2015, que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.
Com relação à continuação dos protestos no dia de hoje (14), alguns manifestantes relataram que o MTG só deve deixar a rodovia quando as empresas que dominam o mercado mundial de grãos e consequentemente o preço do frete, as conhecidas Tradings, se reunirem com o grupo. Contudo, para a PRF, o movimento não comunicou até o fechamento da edição se o protesto seria retomado ou não.