Estudo realizado com base no método de cobrança da Europa propõe que veículos pesados paguem mais pelo uso da rodovia
O governo do Estado estará reunido nesta quinta-feira, 27, em Porto Alegre, para avaliar um estudo feito pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) que prevê mudanças na fórmula de cálculo do pedágio. A proposta visa reduzir o preço pago por veículo de passeio e, ao mesmo tempo, elevar o valor pago pelos caminhões. O principal argumento é de que os veículos maiores seriam os responsáveis pelo maior desgaste das rodovias.
Em viagem a Madri, na Espanha, o diretor administrativo e financeiro da EGR, André Arnt, informou à Gazeta do Sul que o novo método de cálculo é inspirado no modelo europeu. “A lógica é que é o caminhão que mais estraga a estrada. Na Alemanha, por exemplo, que tem um sistema de pedágio diferente de outras partes do mundo, só se cobra pedágio dos caminhões. Todo caminhão que usa as estradas paga um preço bem elevado”, explicou.
Conforme o diretor, no modelo de cobrança hoje adotado pela EGR, os automóveis acabam subsidiando boa parte do custo de manutenção das rodovias. Proporcionalmente, isso equivale a dizer que os caminhões acabam pagando menos do que os carros. “Essa justiça é indispensável para o sistema de concessões. Nas BRs 386 e 290 (Freeway) os caminhões já pagam, por cada eixo, o valor cobrado dos automóveis.”
Arnt diz que a intenção é baixar o valor aos veículos menores, para que os caminhões paguem proporcionalmente o dobro do que hoje é cobrado de um automóvel. “Esse estudo será apreciado pelo governo e é coerente com o que irá ocorrer nas concessões das estradas estaduais”, complementou o diretor administrativo e financeiro da EGR.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual de Governança e Gestão Estratégica informou que o tema da readequação do valor dos pedágios, com a adoção do modelo de cobrança por eixo equivalente, será apresentado nesta quinta ao governador Eduardo Leite (PSDB).