Economistas reduzem perspectiva para expansão do PIB em 2014 a 1,10%

Publicado em
30 de Junho de 2014
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Economistas de instituições financeiras reduziram a perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano pela quinta semana seguida, vendo expansão de pouco mais de 1 por cento, depois de o Banco Central ter piorado seu cenário.

Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostrou que a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi reduzida a 1,10 por cento, 0,06 ponto percentual a menos do que na pesquisa anterior.

Para 2015, a estimativa foi cortada em 0,10 ponto percentual, para 1,50 por cento, na sexta vez seguida de piora da perspectiva.Na semana passada, em seu Relatório Trimestral de Inflação, o Banco Central reduziu a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 2014 a 1,6 por cento, ante 2,0 por cento.[nL2N0P716A]

Ao mesmo tempo, piorou suas contas sobre a inflação neste ano e no próximo, mas argumentou que à frente ela entrará em convergência para a meta. O BC vê que o IPCA subirá 6,4 por cento neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 6,1 por cento, praticamente no teto da meta de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais.

No Focus, a mediana das estimativas para alta do IPCA neste ano permaneceu em 6,46 por cento. O Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, também não modificou sua perspectiva para 2014, de 6,33 por cento.Para os próximos 12 meses, a estimativa permaneceu em 5,91 por cento.


JUROS

Já sobre a política monetária, o BC reforçou com o Relatório de Inflação a ideia de que não deve mexer na taxa básica de juros tão cedo. Boa parte dos especialistas veem isso como consequência da preocupação do BC de não afetar ainda mais a atividade.

No Focus, os economistas mantiveram pela quarta semana a perspectiva de que a Selic não será elevada novamente este ano, encerrando no atual patamar de 11,00 por cento.

Para eles, a Selic só voltará a ser elevada novamente em janeiro de 2015, em 0,25 ponto percentual, perspectiva inalterada ante a semana anterior.

O Top 5 de médio prazo, também vê a taxa básica de juros em 11,00 por cento este ano, sem alteração ante a pesquisa anterior.

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Confiança da indústria brasileira recua 3,9% em junho, 6ª queda seguida

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira caiu 3,9 por cento em junho sobre o final de maio, sexta queda consecutiva, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

Assim, o indicador passou a 87,2 pontos, sobre 90,7 pontos no mês anterior, quando teve recuo de 5,1 por cento.

O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,4 por cento, para 90,1 pontos, influenciado principalmente pela avaliação sobre o nível atual de demanda.

O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, recuou 5,4 por cento, para 84,4 pontos, com destaque para a previsão de produção.

A FGV informou ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada foi a 83,5 por cento em junho, queda de 0,8 ponto percentual sobre maio, atingindo o menor patamar desde novembro de 2011 (83,3 por cento).

"A queda adicional da confiança e a expressiva diminuição do nível de utilização da capacidade no mês sinalizam o aprofundamento do quadro de deterioração do ambiente de negócios que vinha sendo observado ao longo do segundo trimestre. A piora persistente das expectativas, por sua vez, mostra que o empresariado industrial ainda não vê sinais de melhora no curto prazo", destacou a FGV.

A produção industrial brasileira iniciou o segundo trimestre do ano ainda mostrando contração, com recuo de 0,3 por cento em abril.[nL1N0OL13H]

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