Dnit libera a Rio-Santos em meia pista e prorroga implosão de pedra

Publicado em
14 de Abril de 2010
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O supervisor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em Angra dos Reis (RJ), Wanderson Lopes da Silva, informou que o tráfego na rodovia Rio-Santos foi liberado em meia pista, por volta das 14h desta terça-feira, na altura do km 455, em Angra. A via ficou totalmente bloqueada desde 1h30 após uma pedra de cerca de 80 toneladas rolar da encosta.

"Conseguimos tirar uma parte da rocha, que partiu ao cair da encosta, com uma retroescavadeira. Em seguida, liberamos apenas o acostamento. Agora, estamos perfurando a pedra, que pesa de 80 a 100 toneladas, com britadeiras para injetar a dinamite. Resolvemos prorrogar a implosão para o final da tarde de hoje ou para amanhã de manhã. Após ser dinamitada, a rocha vai se esfarinhar. Depois, faremos limpeza no local e poderemos autorizar a circulação de veículos", disse à Folha Silva.

O Dnit afirmou ainda que o trânsito flui no local pelo sistema pare e siga, em ambos os sentidos, no acostamento. "No momento da implosão da rocha teremos que bloquear toda a via novamente, por questões de segurança, mas ainda não temos previsão de horário", disse o supervisor responsável do departamento.

O prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão (PMDB), está em Brasília. Ele se reuniu com os senadores Marcelo Crivella, Francisco Dornelles e Paulo Duque, todos do Rio, e pediu apoio para que o Dnit aumente o número de técnicos e trabalhadores na rodovia Rio-Santos para ajudar na desobstrução da via.

Mais cedo, Silva informou que a pedra seria dinamitada por volta das 13h. "Sentimos dificuldade na retirada do pedaço que já estava partido, por isso resolvemos prorrogar a implosão por questões de segurança", disse.

Um grupo de especialistas em explosivos da empresa São Marcos já está no local para realizar a implosão da rocha. O supervisor do Dnit informou ainda que a expectativa é que a via seja totalmente liberada apenas no final da tarde de amanhã (14).

Silva informou ainda que homens que trabalham em outro ponto de deslizamento da via, no Km 452, também na altura de Angra dos Reis, onde o tráfego flui em meia pista, foram deslocados para o Km 455. Durante a manhã de hoje, motoristas que trafegavam pela região foram obrigados a passar por uma pista improvisada no interior do hotel Portogalo.

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o rolamento da pedra aconteceu por volta de 1h30 desta terça-feira. Para fugir do engarrafamento, os motoristas também podem seguir pela rodovia Presidente Dutra e passar pelas cidades de Piraí e Rio Claro para retornar a Rio-Santos após o local da interdição.

A PRF informou que a Rio-Santos possui outros dois pontos de interdição parcial em decorrência de queda de barreira, na altura da cidade de Angra dos Reis. Um dos problemas está no km 452 e o km 477. Ainda não há previsão para a liberação desses pontos. 

Pedra bloqueia trecho da Rio-Santos  (O Estado de São Paulo)

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) espera liberar ainda esta semana o trecho da Rodovia Rio-Santos (BR-101 Sul) que foi bloqueado por uma pedra de 120 toneladas, na altura do km 455, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. O deslizamento da encosta às margens da via aconteceu por volta de 1h40 de ontem e provocou a queda da pedra.

Técnicos reconheceram, no entanto, que há risco de novos deslizamentos e não estabeleceram um prazo específico para a desobstrução das pistas. Uma das faixas de acostamento foi liberada ontem à tarde em sistema de pare e siga, mas as rochas só devem ser dinamitadas hoje. As obras de recuperação do trecho podem levar até seis meses.

Após a queda da rocha, a passagem de veículos ficou interrompida e teve de ser desviada pelo acesso a um hotel e pela RJ-155. Às 14 horas, o tráfego foi parcialmente liberado.

Não chovia forte em Angra desde sexta-feira, mas água e lama ainda escorriam pela encosta de onde a pedra caiu. De acordo com o engenheiro do Dnit que coordena o trabalho de desobstrução da rodovia, Arysson Siqueira Silva, o solo ficou encharcado pela chuva que caiu no Estado na semana passada. "Essa encosta é formada por pedras soltas no meio da terra e por pedras fraturadas. Quando a água se acumula ali, o terreno fica extremamente instável", explicou.

Segundo o supervisor regional do Dnit em Angra dos Reis, Wanderson Lopes, o bloqueio da pista não representa riscos a possíveis operações de evacuação das usinas nucleares Angra 1 e 2, uma vez que a Rio-Santos pode ser usada em caso de acidentes. "O local do bloqueio está fora do raio das ações de emergência para esses casos", disse.

O engenheiro do Dnit explicou que o trabalho de detonação das pedras será feito com cautela, pois a explosão pode causar novos desmoronamentos. "Ainda há pedras soltas na encosta que podem cair."

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