Dilma fala em gargalo e defende programa de investimento em logística

Publicado em
26 de Setembro de 2013
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A presidente Dilma Rousseff falou nesta quarta-feira em Nova York a investidores americanos sobre as perspectivas na área de infraestrutura no Brasil e afirmou que o Programa de Investimento em Logística (PIL) proposto pelo governo marca o início de uma nova fase na estratégia de desenvolvimento econômico.

Em sua fala, a presidente disse que o objetivo do governo é melhorar a economia do país estruturalmente, superando gargalos, que ela reconheceu existirem no Brasil. Esse processo de investimento em infraestrutura, disse a presidente, vai exigir uma “modificação acentuada” na forma como o Estado brasileiro se posiciona em relação às atividades privadas e aos contribuintes do país.

Dilma afirmou que o “novo ciclo de investimentos em infraestrutura” será feito prioritariamente em modelo de concessão e disse considerar o modelo para ferrovias “extremamente sustentável”.

A presidente citou o leilão de rodovias e comentou a situação da BR-262 - que está sendo revista pelo governo em razão da ausência de interessados - destacando que novos leilões ocorrerão até o fim do ano. Dilma disse também que o governo está colocando o investimento em infraestrutura como “prioridade para o crescimento do país”.

Defendeu ainda uma “ação combinada” entre o setor privado e o governo nesse processo de investimentos e fez longa explanação sobre a situação econômica do país bem como as perspectivas futuras.

A presidente apontou a necessidade de mão de obra qualificada para atender à demanda do governo e do setor privado e citou a profissão de engenheiro como uma das que devem despontar no país no curto prazo. Ao falar dessa necessidade, a presidente citou os programas “Ciência Sem Fronteiras” e o Pronatec, voltados para a educação e qualificação profissional.

A presidente Dilma também fez em seu discurso uma defesa enfática do respeito aos contratos do governo, classificando-os como uma “questão de Estado”.

Segundo avaliou a presidente ao falar das oportunidades em investimentos em infraestrutura no país, essa é uma distinção do Brasil em relação aos demais países. “Temos respeito às instituições e aos contratos. Não é possível tratar respeito aos contratos como se fosse questão governamental”, afirmou a presidente em seu discurso.

Dilma falou que o processo de investimentos em infraestrutura por que passa o Brasil vai exigir nov os marcos regulatórios, assim como ocorreu no caso da concessão de portos recentemente, conforme destacou a presidente.

Investimento

Sobre investimentos, a presidente destacou que o governo propôs modelos de concessões no setor que assegurassem rentabilidade ao setor privado, estimulando a concorrência.

“Tenho a convicção de que o sucesso do programa de concessões trará benefícios para todos, investidores, prestadores de serviços, usuários e a população em geral, que certamente ganhará com serviços mais baratos e de melhor qualidade”, afirmou a presidente.

Dilma destacou que o governo começou a fazer um investimento maciço em infraestrutura, em diferentes áreas, a partir de 2007, e citou os principais programas do governo petista: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e “Minha Casa, Minha Vida”. A presidente enfatizou também a demanda por mão de obra decorrente desses programas e os investimentos em capacitação profissional que têm sido feitos pelo governo.

Ao falar dos leilões propostos pelo governo, Dilma também enumerou o volume de cargas transportadas no Brasil bem como de passageiros em trânsito pelo país, destacando a necessidade de investimentos em logística. Dilma des tacou também os investimentos combinados com o setor privado no setor portuário. “Abrimos os portos para o setor privado”, disse Dilma.

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