DHL Express foca na regionalização e em PMEs para crescer no Brasil

Publicado em
04 de Dezembro de 2014
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Dólar e compras online em sites do exterior tornam o país uma das operações chave para o braço de entregas expressas do grupo alemão

Acostumada a identificar e traçar diariamente as melhores rotas para a prestação de seus serviços, a DHL Express - braço de entregas expressas internacionais do grupo alemão DHL - já definiu o caminho mais viável para escalar suas operações no mercado brasileiro nos próximos anos: a expansão regional e o fortalecimento das estratégias voltadas às pequenas e médias empresas (PMEs) do país.

“Fizemos um grande investimento no Brasil nos últimos três anos e, em 2015, nosso plano é aproveitar essa infraestrutura para acelerar nosso crescimento no país”, diz Alan Goldsmith, diretor de marketing e vendas da DHL Express no Brasil. “E o foco em regionalização e no auxílio às operações de importação e exportação das PMEs são os principais fatores que estão direcionando essa estratégia”, completa o executivo.

Uma conjunção de fatores coloca o Brasil como uma das operações chave no contexto global da DHL Express. “O dólar está chegando a um patamar que vai favorecer uma maior participação do comércio brasileiro no mercado internacional. Ao mesmo tempo, os brasileiros estão comprando mais produtos no exterior e acreditamos que essa demanda vai seguir crescendo”, diz. Uma pesquisa recente da Ipsos em parceria com o PayPal mostra que nos últimos doze meses, 50% dos brasileiros que fizeram compras on-line adquiriram produtos em sites do exterior.

Um dos movimentos recentes da companhia foi consolidar, em 2014, a oferta completa de seu portfólio global no Brasil. Para isso, a empresa expandiu seu serviço de Carga Aérea Expressa às cidades de Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Disponível até então em São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, o serviço é voltado às remessas formais de itens com valor acima de US$ 3 mil, o que inclui componentes e materiais usados em processos de fabricação, além de produtos para revenda no país. A oferta inclui a importação e exportação direta nas cidades em questão, sendo que a DHL Express responde por todo o processo de despacho e liberação das cargas junto à Receita Federal. Até 2013, os negócios no país estavam mais focados no segmento de courier, que engloba itens mais voltados ao consumidor final e abaixo de US$ 3 mil. “Além da entrega mais rápida, os clientes podem ter maior controle e se beneficiar dos incentivos fiscais em cada uma dessas cidades. Queremos facilitar esse processo e isso conta muito, por exemplo, para as PMEs”, explica. “Estamos registrando um crescimento de 20% nessa oferta”, acrescenta.

Outro passo nessa via de regionalização foi o investimento de US$ 1,5 milhão na construção de um gateway próprio da companhia no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O terceiro da empresa no país – os outros dois estão localizados nos aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ) -, a estrutura que entrou em operação nesta semana também contará com o serviço de remessa formal e será a primeira no país a receber voos próprios de remessas originadas nos Estados Unidos, Ásia e América Latina, em uma parceria com a Atlas. “Vamos ter importação mais rápida e Viracopos passa também a ser uma opção de contingência caso ocorra qualquer problema em Guarulhos”, diz Goldsmith.

No plano das PMEs, uma das principais iniciativas da DHL Express foi o desenvolvimento da plataforma Connected Americas, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com empresas como o Google e a Visa. Lançada em março, a solução é uma rede social para conectar companhias de toda a América Latina, com prioridade para as cerca de 500 empresas brasileiras já cadastradas. Além de favorecer o acesso a toda cadeia de fornecedores, compradores e investidores da região, a rede traz informações detalhadas sobre os processos de importação e exportação em diversos mercados, abordagem que é uma extensão de soluções já oferecidas pela DHL Express. “São ferramentas para tornar esses processos mais fáceis para esse perfil de empresa. A rede é mais um canal para ampliarmos o contato com esse público”, diz o executivo.

Entre outros recursos, as estratégias para PMEs envolvem a formação de um time 100% dedicado e a realização de eventos periódicos. “Não estamos deixando de dar atenção aos grandes clientes, mas essa base já está mais consolidada e busca nossos serviços em escala global. As PMEs têm necessidades diferentes e suas operações exigem mais customização”, diz.

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