Com a interdição da ponte do rio Pardo no quilômetro 20 da rodovia Abrão Assed, próximo a Santa Cruz da Esperança, o desvio tomado por carros e treminhões de cana já oferece riscos. A ponte alternativa é estreita, treme com a passagem dos veículos e tem falhas no asfalto. A ponte na rodovia Abrão Assed foi interditada em 13 de maio, depois que técnicos do DER (Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo) encontraram rachaduras na pista. Ao lado, está sendo construída uma nova ponte, que substituirá a atual. A obra, que deve consumir R$ 7 milhões, está prevista para ser entregue no fim de setembro.
Com a interdição, os motoristas precisam desviar por rodovias de Santa Rosa de Viterbo e Altinópolis, o que aumenta a viagem em 50 km, dependendo do trecho. Por causa da distância, muitos optam pelo desvio pela estrada municipal entre Santa Cruz e Serra Azul. Antes usada por caminhões e carros de sitiantes, a estrada passou a receber três vezes mais veículos, contam moradores. "Antes, já passavam caminhões para fugir da da balança, mas agora o fluxo é o triplo. Não sei se a ponte aguenta", disse o estudante Fernando Tadeu de Paula, 27, vizinho da ponte.
O trecho, percorrido pela Folha, é perigoso, ainda mais quando nuvens de poeira cobrem a visão. O prefeito de Cajuru, João Batista Ruggeri Ré (PP), disse que irá conversar com prefeitos para proibir a passagem de caminhões pesados.
"Mas se eu for proibir tudo, arrumarei briga. Temos vários fornecedores que "puxam" cana por lá, alguns até parentes meu", disse o prefeito de Santa Cruz, Dárcio Lopes da Silva (PPS).
O DER informou, em nota, que não recomenda o desvio pela vicinal de terra e sugere as rotas por Altinópolis e Santa Rosa de Viterbo.