Destruído, pedágio na SP-332 não tem data para retorno da cobrança

Publicado em
05 de Julho de 2013
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Vândalos queimaram todas as cabines usadas na praça de Paulínia. Manifestantes reivindicam queda do valor de R$ 6,20 para R$ 3.

Cabine de pedágio da SP-332, em Paulínia, destruída após incêndio criminoso (Foto: Reprodução EPTV)Cabine de pedágio da SP-332, em Paulínia, destruída após incêndio criminoso (Foto: Reprodução EPTV)

O pedágio no km 135 da Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), em Paulínia (SP), que foi destruído por vândalos na manhã de quarta-feira (3) não tem prazo para voltar a funcionar, informou a Concessionária Rota das Bandeiras nesta quinta-feira (4).

Todas as cabines foram queimadas e os equipamentos eletrônicos foram destruídos. De acordo com a empresa que administra a SP-332 e a Rodovia Dom Pedro I (SP-065), uma empresa foi contratada para realizar uma perícia no local, antes das reformas.

Os veículos estão passando por uma passagem lateral sem cobrança de tarifa. O valor cobrado antes era de R$ 6,20, mas os manifestantes pedem que o valor seja reduzido para R$ 3.

 

A Rota das Bandeiras ainda contabiliza quantas placas de sinalização foram destruídas pelos vândalos. Todo o trecho de asfalto afetado por fogo ateado por manifestantes também será analisado e pode ser trocado, caso seja constatado que não oferece segurança. 

Liminar
A Justiça estipulou, em decisão liminar, multa de R$ 10 mil por manifestante pelos protestos na Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), e autorizou o uso de "força policial". Os protestos violentos na estrada, entre as cidades de Cosmópolis (SP) e Paulínia , ocorrem desde a semana passada, e oito pedágios foram incendiados nesta quarta-feira (3).

Cabines do pedágio entre Cosmópolis e Paulínia foram queimadas em protesto (Foto: Eduardo Sozo/EPTV)Cabines entre Cosmópolis e Paulínia foram
queimadas na quarta  (Foto: Eduardo Sozo/EPTV)

Na decisão, a juíza da 4ª Vara Cível de Campinas Jovanessa Ribeiro Silva Azevedo Pinto, pede a identificação e citação dos manifestantes "para que apresentem resposta à ação presente no prazo de 15 dias". A liminar divulgada nesta quarta-feira, vale também para as outras vias do Corredor Dom Pedro, que inclui a Rodovia Dom Pedro I.

’Direito à livre locomoção’
No texto da decisão, a magistrada diz que "a paralisação de uma rodovia do porte da Zeferino Vaz vai de encontro ao direito à propriedade, bem como ao direito à livre locomoção, sem perder de vista que a paralisação de uma estrada como esta pode gerar prejuízos que sequer podem ser objetos de algum prognóstico". O pedido de liminar foi feito pela Rota das Bandeiras, concessionária responsável pelo Corredor Dom Pedro.

Os manifestantes reivindicam a isenção da tarifa de R$ 6,20 para moradores das cidades de Paulínia e Cosmópolis. No primeiro dia de protesto, na sexta-feira (28), uma pessoa chegou a ser detida após depredar uma cabine, mas foi liberada em seguida. Um cinegrafista ficou ferido enquanto cobria a manifestação na manhã desta quarta-feira.

Corredor Dom Pedro
O Corredor Dom Pedro é formado pela rodovia Dom Pedro I (SP-065) e pelo anel viário Magalhães Teixeira (SP-083), além de trechos das rodovias Professor Zeferino Vaz (SP-332), entre Campinas e Mogi Guaçu; Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360), entre Itatiba e Jundiaí, além da Romildo Prado (SP-063), entre Itatiba e Louveira.

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