Despesas de gerenciamento de riscos cresceram 21% nos últimos três anos

Publicado em
30 de Março de 2017
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Os custos de gerenciamento de riscos cresceram 21% nos últimos três anos. É o que revela pesquisa NTC&Logística apresentada durante o último CONET de fevereiro, em Rio Quente, GO.

Entende-se por custos de gerenciamento de riscos (GRIS) as despesas relacionadas com o conjunto de recursos (humanos, tecnológicos, etc.) e processos de gestão preventivos que visam a evitar ou minimizar os efeitos de perdas ou danos que possam ocorrer no transporte de mercadorias, desde a origem até o destino da carga, garantindo que o produto esteja no local desejado, dentro do prazo previsto e de acordo com sua conformidade.

Estes custos abrangem especificamente as despesas com Seguros de Responsabilidade Civil com Desvio de Cargas (RCF-DC) e medidas preventivas de segurança com o transporte, como a) segurança patrimonial; b) rastreamento de veículos; c) gestão de riscos e d) outras.

A pesquisa constatou que os custos securitários (seguros de carga relativos a acidentes, desvios e roubos), somados às indenizações de sinistros feitas com recursos próprios ou não comtempladas pelo seguro alcançaram 3,5% do faturamento. Na pesquisa anterior, eram apenas de 2,9%.

Atualmente, as empresas gastam 2,0% do faturamento (era 1,89% na pesquisa anterior) com equipamentos embarcados nos veículos da frota (rastreadores, monitoramento, sensores etc.), englobando, a) aquisição do equipamento; b) locação do equipamento; c) manutenção dos equipamentos; e d) comunicação, entre outros.

Os custos com equipamentos fixos de proteção de instalações, tais como: câmeras, alarmes sensores etc., que eram de 0,86%, subiram para 1,2%.

O custo da central de monitoramento (própria e/ou de terceiros), considerando a aquisição/manutenção e/ou locação de equipamentos – Mão de obra (salários, encargos sociais, benefícios, horas extras, prêmios, etc.) e Comunicação, subiu de 0,88% para 1,2% do faturamento.

Somando-se todas estas parcelas, constata-se se que o custo total subiu de 6,53% para 7,90%.

O único custo que caiu foi o da escolta armada, que caiu de 5.1%% para 2,1% do frete.

A média de roubos por empresas por ano subiu de 3,5 para 5,6.

Os Estados mais citados na pesquisa foram São Paulo (45%). Rio de Janeiro (22%), Minas Gerais (9%), Paraná (8%), Espírito Santo (6%) e Rio Grande do Sul (5%).

Para cobrir as despesas de Gerenciamento de Riscos (GRIS), a NTC&Logística recomenda a cobrança de 0,30% sobre o valor da mercadoria, devendo ser agravada para 0,50% nas regiões cujo índice de roubo esteja acima do normal.

Para situações de beligerância, como é o caso do Rio de Janeiro, foi criada a taxa EMEX – Emergência Excepcional, que inclui R$ 10,00 por 100 kg ou fração, mais 0,3% a 1,0% sobre valor de mercadoria.

* Neuto Gonçalves dos Reis é diretor técnico executivo da NTC&Logística, membro da Câmara Temática de Assuntos Veiculares do CONTRAN e presidente da 24ª. JARI do DER-SP.

 

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