A demanda por fretes rodoviários no agronegócio avançou 10,3% no acumulado do ano até julho em relação ao mesmo período de 2019, impulsionada pelo forte ritmo de embarques de soja --que, por sua vez, vem na esteira de um câmbio favorável e aquecimento nas compras pela China.
É o que aponta pesquisa antecipada à Reuters pela Repom, instrumento de gestão e pagamento de despesas de frotas de caminhões da Edenred Brasil, com base na análise de 2,2 milhões de operações gerenciadas pela plataforma no país durante o período.
Segundo o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR), a demanda por frete rodoviário no agronegócio também cresceu 8,6% no mês de julho, no comparativo ano a ano.
No acumulado do ano até o mês passado, as importações chinesas da oleaginosa chegaram a subir 18%, impulsionadas por cargas comercializadas pelo Brasil, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas do país asiático. [nL1N2F90ZB]
Em análise sobre a evolução das atividades da Indústria e do Varejo --sem levar em consideração o Agronegócio-- o mês de julho representou um crescimento de 7,8% frente a 2019.
Ao comparar a média dos dias do mês de julho com o período pré-pandemia, é possível notar um aumento na demanda de 2,1%. "O dado mostra o reaquecimento e a retomada das atividades, já que, em junho, tivemos uma queda de 2,1%", disse em nota o head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil, Thomas Gautier.
Já no acumulado de janeiro a julho, houve um crescimento de 6,7% nas operações, o que confirma uma estabilidade frente ao compilado até junho, além de um forte retorno da economia para estes setores, disse a Repom.
"A previsão de aumento na demanda por frete para este ano, se não fosse a pandemia, seria em torno de 10%", pontuou o levantamento.